sexta-feira, 30 de maio de 2025
Foto: Reprodução
A Justiça mineira condenou Kawara Welch Ramos de Medeiros a 10 anos, 7 meses e 2 dias de prisão domiciliar por uma série de crimes cometidos entre 2020 e 2023 em Ituiutaba, no Triângulo Mineiro. Ela foi considerada culpada por stalking, roubo com violência (chaves do carro e celular da esposa do médico) e descumprimento de decisão judicial.
Segundo o processo, Kawara perseguiu um médico e sua família de forma obsessiva e violenta. Em apenas um dia, a vítima chegou a receber 1.300 mensagens e 500 ligações da artista plástica. A sentença foi proferida em 1ª instância e ainda cabe recurso.
Dalva Pereira Ramos, avó de Kawara, também foi condenada por envolvimento no roubo do celular da esposa do médico. Apesar de negar inicialmente, Dalva admitiu ter pego o aparelho, alegando tê-lo confundido com o seu. Ela foi condenada a 6 anos e 8 meses de reclusão, mas cumprirá a pena em liberdade.
A sentença do juiz André Luiz Riginel reconheceu o médico, sua esposa e o filho como vítimas das duas mulheres. Elas deverão pagar R$ 33.500 de indenização por danos morais e materiais à família.
O médico contou que conheceu Kawara em 2018, durante um atendimento médico. A partir de 2020, ela começou a persegui-lo, expondo a família nas redes sociais e utilizando tecnologias para monitorá-los. A Justiça considerou que ela ignorou diversas medidas protetivas, o que agravou sua pena.
Além das mensagens em excesso, Kawara chegou a invadir o consultório onde o médico atendia, gerando confusões e agressões. Em 2022, ela foi presa por um desses episódios, mas foi liberada após pagamento de fiança. Continuou descumprindo medidas judiciais, o que levou à sua prisão preventiva em 2023. Ela foi localizada e presa em uma faculdade de Uberlândia em maio de 2024, onde cursava Nutrição. Um ano depois, recebeu alvará de soltura.
O advogado Rogério Inácio, que representa Kawara, considerou a decisão judicial “pobre e desconectada da realidade”. Ele afirma que a jovem seria, na verdade, a vítima da história, e que há provas em fotos, vídeos e áudios que comprovariam uma relação com o médico, supostamente omitida nos autos.
A Polícia Civil e o médico negam qualquer envolvimento amoroso com Kawara. “Mesmo que houvesse relação, nada justifica esse tipo de comportamento”, declarou o delegado Rafael Faria.
A defesa segue buscando reverter a condenação, alegando que Kawara teria provas não analisadas devidamente.
Com informações de G1.
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