quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Em janeiro deste ano duas irmãs, de 22 e 19 anos, procuraram o Ministério Público de Goiás para relatar abusos sexuais que sofreram na infância, quando tinham 10 e 7 anos. As irmãs moravam com a irmã mais velha que já era casada, e o marido desta era quem praticava os abusos. Na época, em 2007, as irmãs relataram à mãe e à outra irmã, mas nada foi feito.
Recentemente, as irmãs que foram abusadas notaram comportamentos incomuns de seus sobrinhos, uma menina de 9 anos e um menino de 6. O menino passou a mostrar a sexualidade, muito aflorada e precoce, em situações com outro colega, um menino de 5 anos. Novamente as irmãs acionaram o Ministério Público sob a suspeita de que seu cunhado, pai das crianças, pudesse estar abusando delas, que passou o caso para a Polícia Civil.
A delegada responsável, Jaqueline Camargo, conta que o inquérito chegou a 8ª Delegacia Regional de Polícia em Fevereiro. A delegada explicou que foram feitas as oitivas da mãe das crianças e das tias, e também dos pais da outra de criança de 5 anos. Após os depoimentos, as suspeitas ganharam força e o homem foi preso temporariamente por crime hediondo (estupro de vulnerável).
“A prisão temporária é diferente da preventiva, e foi solicitada nesse caso para que o suspeito não interfira na investigação”, explica a delegada, “Tínhamos medo de que ele pudesse pressionar a família das crianças para retirarem as denúncias”.
As crianças também foram ouvidas e passaram pela primeira sessão de atendimento psicológico, mas a delegada explica que nesses casos o depoimento das vítimas é mais demorado. Por serem menores, há muitas questões que demoram a ser compreendidas.
A delegada alerta que é preciso estar atento às crianças, mudanças bruscas de comportamento podem sinalizar abusos sexuais.
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