quinta-feira, 21 de novembro de 2024

"Há necessidade de mais servidores administrativos, estão abaixo do ideal" diz perita criminal da Polícia Técnico-Cientifica de Rio Verde

POR Jornal Somos | 11/01/2019

Redação Jornal Somos

A

A perita criminal Nubia Miranda Vieira que também é gerente do 5° Núcleo Regional de Polícia Técnico-Cientifica de Rio Verde cedeu ao JORNAL SOMOS uma entrevista exclusiva em que conta com exclusividade a atuação e os resultados do núcleo no município.

 

A perita explicou ao jornal como a Polícia Técnico-Cientifica atua no município. Segundo ela a polícia técnico-científica de Goiás reúne peritos criminais, médicos legistas e auxiliares de autópsia. Portanto, os profissionais responsáveis por gerar as provas técnicas (obtidas por exame pericial) estão dentro do quadro da polícia científica, enquanto que as provas subjetivas (depoimentos, interrogatório, entre outros) ficam a cargo da polícia civil.

 

 

“A Polícia Científica inicia sua atuação quando provocada pelas autoridades policiais (delegado), promotor de justiça e autoridade judicial, os quais requisitam exame pericial. A partir do momento da requisição, o perito criminal pode atuar em duas frentes: perícia externa (em local de crime) - sendo que os casos mais comuns são homicídio, suicídio, acidente de trânsito, acidente de trabalho, morte acidental, arrombamento, furto, mortes a esclarecer, local de disparo de arma de fogo, entre outros – e pericia interna (laboratórios), sendo que as seções internas mais conhecidas são balística forense, engenharia legal, química forense, documentoscopia, seção de DNA, Seção de Biologia Forense, Seção de identificação Veicular, Seção de Informática Forense, Seção de Audio e Video, entre outros. O médico legista, quando requisitado, atua em exames médico-legais em cadáveres (para descrever lesões, indicar a causa da morte e atestar demais circunstâncias de interesse à investigação) e em vivos, são realizados os exames mais comumente: embriaguez ao volante, prática sexual delituosa, lesão corporal, entre outros”.

 

 

Ela resume: “No geral, o objetivo da polícia científica é, através da perícia criminal e perícia médico-legal, gerar provas técnicas que abastecerão o inquérito policial e, consequentemente, o judiciário num futuro julgamento”.

 

 

Núbia fala sobre os indicadores do último ano que atingiram média à cima de 90% de produtividade da regional. “Em 2018 na Regional de Rio Verde foram realizados 1601 atendimentos de perícia criminalística e 1461 laudos entregues, tendo produtividade de 91,3%. Foram realizados 3061 atendimentos de perícia médico-legal, e 2988 laudos entregues, com produtividade de 97,6%”.

 

                              

Quando perguntada sobre o que a gestão precisava em aprimoramentos, a perita afirma que faltavam servidores técnicos mas que logo foram reabastecidos com a convocação do último concurso.

 

 

 “Em Rio Verde, a Polícia Científica necessitava urgentemente de servidores técnicos (médicos, peritos e auxiliares de autópsia), uma vez que em anos anteriores o núcleo regional chegou a contar com somente três peritos criminais para atender mais de 10 cidades. Com a convocação do pessoal aprovado no último concurso (concurso de 2014), o órgão de perícias foi abastecido de material humano, contando, hoje, com um efetivo que consegue dar respostas rápidas e eficientes na regional de Rio Verde.

 

 

A perita esclarece que ainda faltam aprimoramentos na gestão que precisam ser atendidas em 2019.  “O núcleo regional de rio verde necessita de um laboratório para identificação de drogas. Atualmente, o que é realizado é um exame preliminar, e posteriormente os entorpecentes precisam ser encaminhados para Goiânia para exame definitivo. Para esse laboratório são necessários diversos equipamentos como o espectroscópio Raman, vidrarias e reagentes químicos. Além disso, é necessário que se tenha um prédio físico, sede própria, que consiga manter os recursos humanos e materiais da polícia científica, uma vez que tanto o IML quanto o prédio da perícia funcionam em locais gentilmente cedidos pela prefeitura”.

 

                              

Nubia acrescenta que há uma necessidade de mais servidores administrativos e motoristas. “Por fim, há necessidade de servidores administrativos e motoristas, uma vez que os funcionários administrativos que atualmente compõem o quadro da polícia científica em Rio Verde são cedidos pela prefeitura, e estão em número abaixo do ideal para que o serviço consiga fluir eficientemente”.

Jornal Somos

Jornal Somos

Jornal online com a missão de produzir jornalismo sério, com credibilidade e informação atualizada, da cidade de Rio Verde e região.

COMPARTILHE: