quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Através da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), o governo de Goiás, dará a oportunidade de concluir os estudos de forma acelerada aos alunos matriculados no 6º, 7º e 8º ano do ensino fundamental que tem idade acima da recomendada para a série que frequentam.
A ação faz parte da retomada do programa Aprender para Avançar (APA), lançado em 2019 e paralisado em 2020 devido à pandemia de Covid-19. O programa desta vez é implementado em parceria com a Fundação Roberto Marinho.
Os estudantes que estão em distorção idade-série terão a opção de deixar suas turmas regulares e formar uma nova turma do APA. Esta turma poderá concluir o ensino fundamental em 18 meses e avançar para o ensino médio em 2024.
O programa se inicia em maio deste ano, em 75 escolas estaduais, com aproximadamente 1500 estudantes. A reorganização das turmas está sendo planejada pela Seduc via Coordenações Regionais de Educação (CREs) e as equipes gestoras de cada escola. As turmas devem ter de 15 a 30 estudantes.
Objetivos do programa
O Aprender para Avançar tem o objetivo de garantir ensino de qualidade e de forma acelerada para alunos com distorção de idade-série, combatendo a evasão escolar.
O objetivo também é alcançar a segunda meta dos planos estadual e nacional de educação de assegurar que, pelo menos, 95% dos estudantes concluam o ensino fundamental até os 14 anos de idade.
De acordo com a gerente de Ensino Fundamental/Anos Finais da Seduc, Márcia Faleiro, atualmente há cerca de 16 mil estudantes matriculados do 6º ao 9º ano da rede pública estadual que apresentam distorção idade-série. Em relação ao quantitativo total do Ensino Fundamental/Anos Finais, esses alunos representam 8% dos estudantes.
“Nossa intenção é abrir mais turmas de APA em 2023 e 2024 para alcançarmos a meta do PNE”, afirmou a gerente da Seduc.
Metodologia
Os alunos do programa terão material didático específico e serão acompanhados por dois professores mediadores (o primeiro da área de Matemática e o segundo de outra área do conhecimento ou pedagogo).
O primeiro professor mediador será responsável pela mediação das aulas de Matemática e Ciências da Natureza, já o segundo professor estará à frente das áreas de Linguagens e Ciências Humanas. Todos os professores do programa irão passar por quatro formações no decorrer de 2022 e 2023.
“O professor do APA é um mediador do ensino. Ele não será um orador de aula, ele vai levar o estudante a construir o conhecimento, de forma ativa”, explicou a coordenadora da Fundação Roberto Marinho, Karen Lucena.
A metodologia de ensino será baseada na integração de conhecimentos e contextualização de problemas do cotidiano. O cronograma será divido em quatro módulos que vão abordar eixos temáticos de construção da identidade, de protagonismo e de projeto de vida.
Com informações da Agência Cora Coralina de Notícias
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