sábado, 21 de junho de 2025

Governo de Goiás embarga aterro sanitário após desmoronamento de lixo em córrego em Padre Bernardo

POR Marcos Paulo dos Santos | 21/06/2025
Governo de Goiás embarga aterro sanitário após desmoronamento de lixo em córrego em Padre Bernardo

Foto: © Divulgação/Semad

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A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad-GO) embargou novamente o Aterro Sanitário Ouro Verde, localizado em Padre Bernardo, após o desmoronamento de resíduos no Córrego Santa Bárbara, afluente do Rio do Sal. O episódio ocorreu na última quarta-feira (18) e causou contaminação da água, segundo laudo divulgado nesta sexta-feira (20) pelo Laboratório de Análises Químicas da Semad.

 

A pasta notificou a advogada responsável pelo empreendimento, exigindo, em até dois dias úteis, a apresentação de um plano de recolhimento do lixo que atingiu o córrego. Além disso, a empresa deverá realizar uma investigação de passivos e o gerenciamento das áreas contaminadas, com ações para identificar, conter e corrigir os danos ambientais provocados.

 

O aterro funcionava com base em uma decisão liminar concedida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), após uma ação civil pública do Ministério Público de Goiás (MPGO), que havia apontado a falta de licença ambiental válida. Agora, com o novo desmoronamento e a poluição do curso d’água, a Semad entendeu que surgiram fatos novos que justificam a interdição total da área, inclusive com a proibição do recebimento de novos resíduos.

 

Durante vistoria técnica no local, a Semad apreendeu cinco máquinas que estavam no aterro. Para garantir o cumprimento do embargo, a secretaria solicitou o apoio do Batalhão Ambiental da Polícia Militar de Goiás.

 

Um gabinete de crise foi instalado para monitorar e conduzir a situação, com participação do ICMBio, Defesa Civil estadual, Secretaria de Saúde de Goiás, Saneago e Caesb. A Defesa Civil notificou moradores da zona rural de Padre Bernardo sobre a contaminação da água, e um alerta via SMS foi enviado à população informando que a água do Córrego Santa Bárbara está imprópria para consumo.

 

A empresa responsável pelo Aterro Ouro Verde ainda não se pronunciou.

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