sábado, 10 de maio de 2025

Goiás acelera plano para fechar lixões e aposta em gestão regionalizada de resíduos

POR Marcos Paulo dos Santos | 09/05/2025
Goiás acelera plano para fechar lixões e aposta em gestão regionalizada de resíduos

Foto: Agência Brasil

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Goiás tem avançado no combate aos lixões a céu aberto, mas o desafio agora é definir para onde o lixo irá após o encerramento dessas áreas irregulares — e quem vai pagar a conta. Atualmente, 134 municípios ainda utilizam lixões, enquanto 112 já adotam uma destinação ambientalmente adequada dos resíduos, segundo dados da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).

 

Para esclarecer as próximas etapas, o governador Ronaldo Caiado e a secretária Andréa Vulcanis reuniram-se virtualmente com cerca de 242 prefeitos na última quarta-feira (7). O foco foi apresentar a proposta de gestão regionalizada dos resíduos, uma solução que prevê infraestrutura compartilhada entre grupos de municípios. A ideia é substituir iniciativas isoladas, que muitas vezes esbarram na falta de recursos, principalmente nas cidades menores.

 

A estratégia está fundamentada na Lei Complementar nº 182, aprovada em maio de 2023, que dividiu Goiás em três microrregiões: Oeste, Leste e Centro. Cada uma dessas regiões atuará como um colegiado, com estados e municípios dividindo a responsabilidade pela governança de aterros sanitários e outras estruturas necessárias.

 

O Governo de Goiás contratou o BNDES para desenvolver o modelo de gestão, aproveitando a experiência técnica do banco. Durante a reunião, especialistas da instituição apresentaram o cronograma do projeto, os possíveis formatos de atuação e esclareceram dúvidas dos gestores municipais.

 

“O modelo regionalizado foi pensado para atender todos os goianos, inclusive os que vivem em cidades pequenas. Essa construção começou com Iris Rezende, que defendeu a solidariedade entre os municípios. Goiânia, por exemplo, terá tarifa quase zero, enquanto os menores terão uma tarifa proporcional”, afirmou o governador. Caiado ainda destacou que o modelo aprovado pela Assembleia Legislativa será mantido durante sua gestão.

 

A secretária Andréa Vulcanis reforçou a importância da participação dos prefeitos no preenchimento de um questionário enviado pelo BNDES, que será base para os estudos técnicos do novo sistema.

 

A iniciativa faz parte do programa Lixão Zero, instituído pelo decreto 10.367/2023. O plano prevê duas fases: uma fase de transição — em que os municípios devem encerrar imediatamente os lixões e buscar aterros licenciados próximos — e a fase definitiva, que prevê a criação das infraestruturas regionais.

 

A regionalização da gestão de resíduos sólidos é apontada como a chave para resolver de forma sustentável e eficiente um dos maiores problemas ambientais do estado.

 

Com informações de Mais Goiás.

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