A aluna Vitória Lima Gonçalves e sua professora de português Viviane dos Santos Silva, ambas da Escola Estadual Cunha Bastos, de Rio Verde, embarcam neste domingo (08) para disputarem a final da 6ª edição da Olímpiada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro, que será na segunda-feira (09), em São Paulo. Repletas de felicidade, as finalistas revelaram, em conversa com o Jornal Somos, suas inspirações e motivações que as auxiliaram no percurso da competição.

A instituição de ensino, que nunca havia passado da fase municipal, mobilizou os alunos, por meio da sondagem do gênero textual “memória” para que, nesta oportunidade, eles pudessem abraçar a causa da competição. Segundo a estudante finalista, o Cunha Bastos incentiva fortemente a escrita e leitura na escola, sempre efetuando produções em sala de aula com textos que visam enriquecer o vocabulário e a capacidade de argumentação, seja de forma oral ou escrita.

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Apesar do excelente trabalho escolar, as influências vindas de casa e a força de acreditar em seus desejos foram fatores de extrema relevância para que, tanto aluna quanto professora, atingissem seus objetivos.

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Inspiração

A fonte inspiradora que motivou a obra de Vitória foi a vida de seu avô e sua paixão pela arte cinematográfica.

“Meu avô morava em Santa Helena no cinema de lá, então ele seu mudou para Rio Verde, para trabalhar com cinema aqui, trabalhou no CineFar, Baguidá e Cine Regente até o fim deste cinema. (...) Ele era gerente do Cine Regente, ele dava as ideias das promoções que tinham naquela época, ver ele contando com tanta nostalgia e riqueza de detalhes que resolvi tornar esta história pública, uma forma de homenageá-lo e de adentrar também a esta competição”.

Admiradora do escritor José de Alencar, a jovem estudante aprendeu o hábito e gosto pela leitura com sua avó. Em meio a tantos estímulos e paixão por literatura, é claro que toda a família recebeu a notícia da final da Olimpíada com muita felicidade e euforia. Mas foi o seu avô, sua inspiração para criar o texto, que mais se emocionou.

“Ele tem todas as suas memórias num álbum. (...) Quando voltei da etapa semifinal, que ele começou a dar entrevistas, ele abria o álbum e quando começava a contar sua história ele chorava”.

 Para a Vitória, poder contar a história de seu avô para as pessoas “é de grande valia”.

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Dever cumprido

Diante de tantos desafios a serem superados, a sensação que ficou foi a de ter alcançado seu propósito da melhor maneira. “Meu sentimento como professora é de muita alegria, sentimento de dever cumprido, por ser uma professora contratada e ter um salário bem inferior aos meus colegas, sinto que fiz um excelente trabalho com minha aluna e com os demais, me destacando como docente. Deus me deu sabedoria. Há muitos desafios travados diariamente, porém tento que eles não me abalem profissionalmente, pois quando entro em sala, meus alunos merecem a melhor aula e ministrada com excelência”, revelou Viviane.

A motivação da professora veio do ato de crer em seus objetivos, um conceito particular que ela também repassou para os estudantes como ensinamento. “Acreditar é superar, falo isso para meus alunos, minha aluna acreditou nela, nós acreditamos que íamos conseguir e conseguimos chegar até a final, dentre os 170 mil inscritos no gênero Memória, estamos entre os 38 melhores”, disse.

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“Das telas à vida real”

Leia abaixo, na íntegra, a linda e emocionante obra de autoria da estudante Vitória, com supervisão da professora Viviane. A história já conquistou medalhes de bronze, prata e agora segue na disputa do ouro na categoria Memória Literária na Olimpíada Escrevendo o Futuro.

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