A nota máxima,1000, foi alcançada apenas por um aluno em todo o estado de Goiás

Maria Elvira Freitas Martins tem 17 anos e estudava no Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás. Dedicada, a estudante pretende cursar medicina na Universidade Federal de Goiás. Segundo ela, a expectativa para a nota era grande.

“Sempre tive dificuldade na redação, por isso, no ano passado foquei bastante na minha escrita e tentei melhorar o que podia, mas ainda assim nunca pensei que minha nota seria tão alta. Eu estava muito nervosa quando acordei na manhã de sexta passada, é uma sensação indescritível pensar que essa nota pode guiar o que vou fazer daqui para frente, mas quando eu abri o site, o primeiro sentimento que me ocorreu foi alívio, fiquei aliviada em ver que todo meu esforço havia dado resultados e depois foi só felicidade, chorei e ri ao mesmo tempo e então liguei para minha mãe, que só aumentou toda minha emoção, foi sem dúvida uma das melhores experiências que já tive.

Mas para ter esse ótimo desempenho, Maria não poupou esforços.

“Minha rotina de estudos era diversificada, pois dependia do assunto que eu estava estudando. Mas basicamente eu estudava durante a tarde, depois que chegava da escola até a hora em que eu ia dormir. Geralmente eu assistia aulas online, depois estudava pelos livros de pré-vestibular que ganhei e então fazia muitos exercícios relacionados ao assunto estudado no dia.

Sobre a prova, Maria concorda com os outros estudantes: o cansaço é o principal desafio.

“Eu acredito que tudo foi uma combinação entre preparação educacional e emocional. Todos que fazem o ENEM sabem que é uma prova que exige muito de nós estudantes, tanto no que se refere aos conteúdos quanto ao nosso estado psicológico. Por isso, para me preparar eu estudei muito. Fiquei realmente cansada ano passado, estudava o dia todo e, às vezes, dormia quatro horas por dia. Eu sei que isso não é saudável, mas eu acredito que consegui passar por isso tudo devido ao apoio da minha família, principalmente da minha mãe, que sempre conversava comigo e tentava me acalmar nos momentos de maior ansiedade.

Além, é claro, das mudanças necessárias para o novo momento da vida.

“Tive que abrir mão de algumas horas de sono, o que foi um sacrifício e tanto para alguém que gosta de dormir como eu. Mas, tirando isso, eu acredito que consegui lidar bem com minha vida social. Consegui tirar tempo aos finais de semana para sair com meus amigos e minha família, viajei com minha mãe nas férias, consegui concluir meu curso de inglês e às vezes conseguia tirar um tempinho para meus lazeres pessoais como ler um bom livro ou assistir séries. Então, eu acho que é só uma questão de equilíbrio, não precisei me privar da minha vida por causa dos estudos e nem poderia ter feito isso, pois eu acredito que tudo que é excessivo faz mal, por isso é preciso manter um momento de diversão durante esse período.

E para os que prestarão a prova, a estudante recomenda: façam o melhor que puderem.

“Eu diria para tentarem fazer o melhor que podem. Essa prova desperta nosso lado competitivo e a gente acha que, para conseguir, precisamos ser melhores que todos ao nosso redor, mas não é bem assim. Acho que vale muito mais a pena você tentar superar a si mesmo do que a outra pessoa, pois só você conhece suas dificuldades, então foque no que você precisa, ultrapasse os seus obstáculos  e não os de outra pessoa. É muito bom quando você chega no final e olha lá para o início e vê o quanto cresceu. Por isso, dê um passo de cada vez e saiba lidar com seus erros, pois o ENEM é muito mais que apenas conteúdo, mas é uma prova que testa sua autoconfiança, então confie em sua capacidade e nunca desista”.