quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Rio Verde

ESPECIAL: Abandono de animais se torna um risco populacional em Rio Verde

POR Thais Cabral | 05/06/2023
ESPECIAL: Abandono de animais se torna um risco populacional em Rio Verde

Imagem: Freepik

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O recolhimento de animais de rua surgiu na década de 1970 como uma prática adotada no Brasil para controlar a superpopulação e prevenir surtos de doenças contagiosas, como a raiva urbana, letal para os humanos. Os animais eram capturados e levados aos Centros de Controle de Zoonoses, onde os tutores tinham um prazo de até três dias, mediante o pagamento de multa, para resgatar seus animais em segurança. Caso o animal não fosse retirado dentro desse prazo, ele era sacrificado, independente de estar doente ou não.

 

 

Essa conduta foi banida em Rio Verde pela Portaria 1.138 do Ministério da Saúde em 2014, que limitou a ação da carrocinha no município. Atualmente, apenas animais que representam risco para a saúde pública, como os suspeitos de raiva ou leishmaniose visceral, podem ser recolhidos pelas Unidades de Vigilância de Zoonoses.

 

 

No Brasil, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem cerca de 30 milhões de animais domésticos abandonados nas ruas. Embora não haja um número aproximado de animais abandonados em Rio Verde, é possível perceber um grande volume de cães e gatos sem lar ao dar uma volta pela cidade.

 

 

O poder público municipal adotou medidas para controlar a procriação desordenada de animais, incluindo o uso do castramóvel para castrar animais de ONGs, protetores independentes e tutores cadastrados. Além disso, o prefeito Paulo do Vale anunciou a construção de um centro de castração, que deverá aumentar o número de atendimentos e ajudar a controlar a superlotação de cães e gatos abandonados.

 

 

Em Rio Verde, existem ONGs que realizam um excelente trabalho de resgate e tratamento de animais de rua, mas ainda é necessário realizar campanhas educativas de conscientização. Nessa ótica, construir um canil municipal não é a melhor solução, pois pode gerar um aumento no número de animais abandonados, já que isentaria os tutores de sua responsabilidade.

 

 

Como a volta das carrocinhas não é uma solução ética, é necessário encontrar maneiras de reduzir o número de animais abandonados. Esse é um problema que envolve tanto o poder público quanto a conscientização da população sobre a adoção de animais sem raça definida e animais idosos. É preciso um conjunto de esforços para enfrentar essa questão.

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