sexta-feira, 29 de março de 2024

Rio Verde

Equipe rio-verdense participa de olimpíada de empreendedorismo com projeto social

POR Jornal Somos | 25/09/2018
Equipe rio-verdense participa de olimpíada de empreendedorismo com projeto social
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A Olimpíada de Empreendedorismo Universitário de Goiás está em sua 5º edição e é uma competição que tem como objetivo disseminar a cultura empreendedora na comunidade acadêmica, colaborando para o desenvolvimento da competência empreendedora nas diferentes áreas do conhecimento. Além disso, visa mobilizar estudantes para o desenvolvimento de ações que possam amenizar problemas sociais.

 

A olimpíada possui duas categorias, sendo uma em negócios e outra social. Os participantes são estudantes regularmente matriculados e as inscrições devem ser feitas por equipes compostas de dois à cinco integrantes. As premiações são de R$5.000 primeiro lugar, R$3.000 para segundo e R$2.000 para terceira equipe colocada.

 

Rio Verde tem somente uma equipe participando da Olimpíada. A representante do grupo Isabella Pelosi Borges de Deus, estudante de engenharia ambiental do Instituto Federal Goiano, com a empresa júnior denominada Sustentar Jr, sendo de engenharia ambiental e civil, concedeu uma entrevista ao Jornal explicando o projeto à ser realizado pelo grupo rioverdense. “O nosso projeto se enquadra no social, porque tem  um problema encontrado no ambiente e a gente precisa propor uma solução para aquele problema, gerando um impacto na sociedade. O nosso projeto já existia e nós vimos uma chance de mandá-lo para a olimpíada e, quem sabe, levar até a premiação.” Disse ela.

 

Isabella explica o que a motivou a criar o projeto: “O projeto consiste na coleta de óleo de cozinha usado tanto em residências quanto em empreendimentos. O óleo tem um impacto muito grande quando destinado de maneira incorreta ao meio ambiente. Segundo dados do Plano Gestão do Meio Ambiente do Ministério Público Federal, basta um litro de óleo para contaminar 1 milhão de litros de água, e, segundo a SABESP (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), basta uma gotinha de óleo para contaminar 25 litros de água. Aqui no Brasil há uma cultura muito grande de se jogar o óleo pelo ralo, de jogar nos corpos hídricos (rio, lagoas, lagos), no solo, de juntar na garrafinha e deixar o lixeiro passar, todas essas medidas geram impactos significativos no meio ambiente, porque ao jogar no ralo pode contaminar a água e obstruir as encanações do sistema de abastecimento. Nos corpos hídricos, pode afetar as trocas gasosas e a passagem de luz, no solo causa a impermeabilização. Há estudos que dizem que o óleo também afeta a atmosfera. Esses problemas que nos levaram a propor uma solução de coleta nos estabelecimentos e nas casas. Nós fornecemos o recipiente, onde a pessoa só terá que armazenar o óleo, e voltaremos coletando esse óleo e faremos a destinação correta.”

 

Segundo a estudante, os óleos coletados serão destinados à produção de sabão caseiro e distribuído aos apoiadores do projeto, além de serem doados à instituições de caridade.

“Além do impacto social, também queremos impactar essa comunidade, essa organização social que são pessoas que frequentemente estão precisando de coisas básicas e afeta muito esse tipo de doação.” Explica a estudante ao se referir às instituições de caridade que receberão à doação.

 

Com este projeto a Isabella afirma que a principal mensagem a ser repassada é que a sociedade pode melhorar o meio ambiente com atos simples do cotidiano. “Nós queremos que as pessoas acreditem na sustentabilidade e que nós podemos mudar a qualidade do nosso ambiente, que nós mesmos degradamos.”

 

Caso sejam premiados, o grupo investirá nos projetos.

“Nós iremos investir em recursos para o projeto, como recipientes adequados, rótulos com o nome da empresa júnior, materiais adequados para a produção do sabão, entre outros. Também pretendemos reformar a nossa sede, que ganhamos do instituto, porém está em péssimas condições, e há um ano pretendemos entrar literalmente no nosso espaço, pagamos juros por ser uma empresa, temos gastos. Com a premiação vamos conseguir a tão sonhada reforma da nossa sede e ter o nosso lugarzinho do jeito que a gente quer.”

 

Ela também informa às pessoas interessadas em colaborar com o projeto, que podem levar o óleo de cozinha no IF-Goiano na segunda-feira (01/10) ou então doar soda cáustica para a produção do sabão.

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