A Polícia Civil de Rio Verde, por meio do 2º Distrito Policial, prendeu um homem de 43 anos acusado de abusar sexualmente das próprias filhas menores de idade. A prisão preventiva foi decretada pela Justiça após investigação que reuniu provas graves e contundentes.

Segundo o delegado Dr. Carlos Roberto Batista, responsável pelo caso, a denúncia partiu da filha mais velha, hoje com 20 anos, que decidiu procurar a polícia ao descobrir que a irmã, de apenas 13, também estaria sendo vítima. “Essas situações são muito complexas, muitas vezes a vítima não tem coragem de contar, até para evitar problemas dentro da família. Mas quando ela soube que a irmã também estava sofrendo, resolveu denunciar”, explicou o delegado.

Com base nos relatos e nas provas apresentadas, a Polícia Civil representou pela prisão preventiva do investigado. O Ministério Público se manifestou favoravelmente, e o juiz decretou a medida. O suspeito foi preso e encaminhado para a Casa de Prisão Provisória de Rio Verde, onde segue à disposição da Justiça.

O delegado destacou que o homem não demonstrou surpresa no momento da prisão e negou as acusações. "Ele negou tudo, mas parecia já esperar pela prisão. Alegou inocência, mas temos provas fortes na investigação”, disse o delegado.

Outro ponto ressaltado pela autoridade policial é o aumento das denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes em Rio Verde. Para ele, o crescimento não está necessariamente ligado ao aumento de casos, mas à maior confiança das vítimas em buscar ajuda. “Esse avanço é resultado da criação da delegacia especializada e da maior divulgação das investigações”, afirmou.

O delegado reforçou ainda a importância da denúncia, mesmo em situações que envolvem familiares próximos. “É difícil, porque mexe com toda a estrutura da família. Muitas vezes o agressor é o provedor da casa e há medo de que ninguém acredite. Mas a polícia faz uma investigação séria, com perícias e apoio psicológico. É fundamental denunciar para que possamos agir. E familiares que sabem e se omitem também podem ser responsabilizados pela lei”, concluiu.