quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Respondendo ao caso de homicídio da vítima Glendhon da Silva Alves, o delegado Adelson Candeo Júnior, responsável pelo caso, cedeu informações da investigação em uma coletiva na manhã desta sexta-feira (15). O delegado explica toda a trajetória do homicídio do rapaz que foi encontrado no interior de uma cisterna de uma residência no bairro Dom Miguel na terça-feira passada.
O início de tudo e os detalhes da confusão, o delegado explica conforme os relatos dos acusados. “A equipe do grupo de investigação de homicídios passou a apurar a partir do momento do encontro do corpo e em pouco tempo acabou chegando nas informações acerca da autoria. Os detalhes sobre a confusão, sobre a motivação, envolve um indivíduo chamado Glaydson, esse rapaz que é chamado pelos acusados como “Neguinho”, emprestou uma bicicleta da vítima (Glendhon) e acabou quebrando essa bicicleta durante o uso e ficou de fazer o pagamento desse conserto”.
Conforme os relatos apurado o delegado continua a explicação: “O Glendhon com o passar do tempo, passou a cobrá-lo cada vez mais de uma forma cada vez mais agressiva, de uma forma cada vez mais forte, até que no dia seguinte, cansado de cobrar acabou agredindo o garoto, o Glaydson chamado “Neguinho”, causando algumas lesões e machucando-o. Esse Glaydson tinha um amigo que é o Kelson, contou o quanto ele foi agredido e o motivo”.
— Jornal Somos (@JornalSomos) 15 de fevereiro de 2019
Com forme conta o delegado, a partir daí começaram a fazer um plano para dar um susto na vítima. “O Kelson acabou encontrando o segundo acusado do crime, que é o Paulo Mota (Policial Militar), disse para ele que o amigo dele, o Glaydson, foi agredido por conta de um estrago de uma bicicleta do Glendhon. Decidiram então, dar uma “surra”, na palavra utilizada no inquérito era dar um susto no Glendhon, e o Policial disse: “vamos almoçar na residência de uma outra pessoa e caso o Glandhon aparecer lá, vamos puxar ele para dentro da casa e vamos dar um susto nele”. No dia o Glendhon acabou aparecendo lá, nesse domingo, logo após o almoço e foi inclusive de carona com outro rapaz de moto, o Kelson junto com o morador da residência acabaram saindo e vendo os dois com a moto, a vítima (Glendhon) entrou na residência onde se encontrava o Kelson e o Paulo Mota, o motorista da moto ficou do lado de fora e acabou sendo ali ofendido com algumas palavras e fugiu, sumiu”.
A partir daqui, a residência acabou sendo o cenário da morte do rapaz, relata o delegado. “O Glendhon acabou entrando na residência, nas palavras do que foi ouvido do Kelson, o Glendhon entrou no quintal da residência e disse que iria agredir novamente o Glaydson (Neguinho) pelo estrago da bicicleta dele e pelo não ressarcimento, eles já avisaram que isso não aconteceria. Teriam colocado o Glandhon de joelhos e o outro autor na presença do Kelson teria desferido o disparo na testa que causou a morte do Glendhon. Em seguida o Kelson relata que ficou muito assustado e resolveu deixar o local onde ficaram o Paulo, o morador da residência e o morto. O Kelson relata que não sabe o que houve, mas pelas circunstancias do que foi apurado, o Paulo acabou arrastando esse corpo até a cisterna onde ele foi ocultado, onde foi jogado o corpo da vítima (Glendhon)”.
— Jornal Somos (@JornalSomos) 15 de fevereiro de 2019
“Segundo o que foi apurado até agora, quem realizou o disparo na testa da vítima teria sido o Paulo Batista Mota. O Kelson, que foi apresentado hoje, não é só testemunha, ele é no mínimo partícipe, porque ele que deu o ensejo todo convidando o policial militar para dar esse “susto” na vítima. Eles estavam ingerindo bebida alcoólica juntos, possivelmente estavam embriagados quando isso aconteceu. O Kelson relata que não sabia que o Paulo Mota (policial militar), chegaria ao ponto de dar um tiro na vítima” concluiu.
Segundo o delegado Adelson, o Policial Militar segue preso, mas não deu depoimentos à conselhos de seu advogado. “O policial militar (Paulo Mota) foi conduzido para a Delegacia mas se manteve em silêncio, na presença do advogado dele, entendeu melhor não prestar declaração nenhuma, não respondeu às perguntas em seguida foi encaminhado ao Batalhão Anhanguera em Goiânia.
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Quanto aos envolvidos no crime, “eles devem responder por homicídio qualificado e também pela ocultação de cadáver. O Kelson nunca foi preso” relatou. “O Kelson alega que sua amizade com o policial surgiu à uns dois meses atrás em bares da cidade e por conta dessa amizade entre o Kelson e o Paulo Mota (Policial). Kelson convidou o Paulo Mota para ser padrinho de seu filho, já que a esposa dele está grávida” completou Adelson.
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