A Diretoria-Geral de Administração Penitenciária em associação com a Secretaria de Desenvolvimento organiza um projeto para que os detentos do regime semi aberto possam realizar cursos profissionalizantes no estado de Goiás. O coordenador da 6ª Regional Prisional, Vildebal Alves dos Reis Jr. explica ao Jornal Somos como é a reeducação no sistema prisional de Rio Verde.

Como é feito o projeto de cursos profissionalizantes para os detentos do semi aberto?

A CPP fez parceria com a Faculdade FAN Padrão, a UNP (Igreja Universal nos Presídios) e a 6ª Regional Prisional. A FAN deu curso e material de informática, também forneceu um link para o detento que tem até 6ª serie se profissionalizar. A Igreja monitora, e após a conclusão do curso tem um certificado. A Igreja deu uma máquina de fazer sandálias, e com a 6ª reg. pris., tem um projeto que está sendo avaliado na Acirv para dar suporte em matéria-prima pra fazer as sandálias. No momento, buscamos levar o projeto para toda a região. É feita uma nova parceria com a Igreja, FAN, a equipe de informática da Diretoria Geral de Administração Penitenciária e a 6ª reg. pris. para levar o projeto para todas as unidades da 6ª reg. pris. para implantar as escolas nas penitenciárias. Assim o detento se qualifica e tem como se ressocializar. E não volta pro crime.

Há outros projetos como este? E como são os resultados?

Hoje a penitenciária tem fortes projetos de ressocialização. O prefeito Paulo do Vale e a Secretaria de Educação levaram o programa EJA para a penitenciária. Já temos duas turmas do EJA se alfabetizando. Depois do reforço nestes programas houve muitas melhorias, por exemplo, este ano completamos dois anos sem fuga, prática que era comum entre os detentos. Também há muito incentivo aos profissionais. Nesta semana a 6ª regional realizou uma cerimônia com apoio da Câmara Municipal para entrega de certificados e brindes para os profissionais da segurança. 

E quanto a estrutura da CPP de Rio Verde, como você pode descrevê-la?

Atualmente, a CPP se encontra acima de sua capacidade, mas, a partir de fevereiro, os detentos serão remanejados para a nova CPP que está sendo construída.