quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Alessandro Carteiro, representante do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Telégrafos, nos contou como a greve dos correios atinge a cidade de Rio Verde. Leia sobre a greve clicando aqui.
Primeiro eles nos informa que foi uma decisão alheia a vontade dos funcionários da estatal, por saberem os transtornos que as greves causam a população e também para os próprios funcionários. “Geralmente quando entramos em greve, os dias que ficamos parados temos que repor aos finais de semana ou após o horário de expediente, ou temos os dias descontados na folha de pagamento”.
A greve se deu porque os funcionários estão reivindicando a manutenção do acordo coletivo e reposição da inflação. “Estamos negociando nossa campanha salarial desde o dia 15 de julho, com previsão para uma greve no dia 07 de agosto, com a empresa sempre se mostrando intransigente, nos apresentando uma proposta de aumento salarial de 0,87% e a retirada de alguns acordos coletivos que nós tínhamos, o que resultaria em uma redução salarial entre 8% e 12%”.
Diante da proposta feita pela empresa, os funcionários pediram apoio ao TST, para auxiliarem eles nas negociações. “O TST entrou no caso e nos pediu 30 dias de prazo para apresentar uma proposta que contemplasse ambas as partes, que foi aceito, mas não conseguiram apresentar essa proposta e pediram mais 30 dias de prazo, que foi aceito pelos trabalhadores, mas recusado pela estatal. Diante dessa negativa não nos restou alternativa senão a greve, que foi deflagrada às 22h00min de terça-feira (10)”.
De acordo com Alessandro a greve é bem forte e atinge todo o país. “Em Goiás, temos cidades com o efetivo 100% paralisado, com a agência fechada, e aqui em Rio Verde deve estar atingindo cerca de 70% do efetivo”, afirmou.
Com a greve, o serviço do Correios em Rio Verde está bem comprometido, inclusive de acordo com Alessandro, o pouco efetivo que está trabalhando vai conseguir entregar apenas as encomendas consideradas urgentes e prioritárias, como o sedex, PAC e telegramas. Boletos bancários e contas telefônicas, por exemplo, não serão entregues durante a paralisação, podendo gerar um grande caos na cidade, levando em consideração que a população precisará encontrar outra forma de receber sua correspondência.
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