terça-feira, 03 de dezembro de 2024
Foto: Freepik
Durante o evento Debates Amazônicos, o presidente da Agencia Brasileira de Exportações e investimentos (Apex Brasil), Jorge Viana, pontuou como o Brasil e em especial a Amazônia, exporta pouco da sua agricultura em relação aos outros países da região da América Latina e no resto do mundo.
Para um país de proporções continentais, os números que ele apresentou no evento transmitido pelo canal.gov, chega algumas vezes a ser vergonhoso em comparação a países de menor relevância. O Vietnã por exemplo, exporta anualmente US$ 700 milhões em pimenta-do-reino enquanto a região amazônica envia para o mundo, apenas US$ 100 mi.
Mas não para por aí, sabe a Costa do Marfim? Aquele país em que só lembramos em período de Copa do Mundo? Pois ele exporta 2,2 milhões de toneladas por ano, enquanto o Brasil produz apenas 300 mil toneladas. A nossa castanha do Pará é um outro exemplo em que, só com barras de cereal temos mercado para o ano todo.
A Amazônia que temos visto no noticiário poderia ser uma potência na sua agricultura, se tivesse uma política especifica para isso. Se o Centro Oeste está finalmente ganhando reconhecimento internacional pelo seu agro bem estruturado e organizado, a região amazônica poderia seguir o mesmo exemplo.
O mundo precisa saber o quão é saboroso a nossa castanha. O açaí, ainda que tenha um mercado externo tímido, precisa virar febre mundial e ser celebrado como uma iguaria única, brasileira, orgulho nacional.
Hoje terá início a Cúpula Amazônica, evento em que o Brasil e países da região discutirão por dois dias, mudanças climáticas, sustentabilidade e o desenvolvimento econômico e social da região. É uma oportunidade de ouro para a região mudar de direção, deixando o noticiário violento e passar a ser referência também em produção agrícola.
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