quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Um assunto que dominou os principais debates entre eleitores no primeiro turno das eleições 2022 foi a segurança das urnas eletrônicas. Suspeitas de insegurança lançadas, sem nenhuma prova pelo presidente Bolsonaro, após as eleições de 2018, fomentou a desconfiança.
Essa desconfiança fez com que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tomasse providências para tornar o processo eleitoral ainda mais transparente. Entre essas providencias foi permitir que o Ministério da Defesa fizesse uma espécie de apuração paralela e o resultado desta fiscalização foi concluído na semana passada.
Ao contrário da crença obsessiva em falar sobre segurança das urnas eletrônicas no Brasil, o recente relatório feito pelo Ministério da Defesa mostra que não houve fraudes. A divulgação desse relatório feito pelos militares foi proibida para o público, mas o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, entregou o resumo no último dia 10, para o presidente Jair Bolsonaro. As Forças Armadas analisaram uma amostra de ao menos 385 boletins de urna, e um projeto-piloto com uso da biometria para testar 58 aparelhos, itens sugeridos pelos próprios militares.
Alegando que a ausência de fraudes em um turno não descartava a possibilidade em outro, o presidente determinou que fosse feito um “relatório completo” englobando o segundo turno. Ele pediu que militares se esforçassem mais. Os integrantes das Forças Armadas deram apoio às eleições em onze estados, além de trabalhar no sistema de fiscalização.
Depois disso, o presidente em exercício do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, determinou que o Ministério da Defesa encaminhasse à Corte uma cópia das conclusões sobre a fiscalização das urnas.
O entendimento geral do TCU é de que o Estado sairá fortalecido com a divulgação de tais informações, já que todos os anos de eleições no Brasil, além dos acalorados debates entre os candidatos e suas propostas, sempre surge a dúvida se a urna eletrônica é realmente segura. Que venha o segundo turno.
QUEM AJUDA VOCÊ A DECIDIR O VOTO?
Quais critérios você utiliza para decidir o seu voto? Observa os programas eleitorais, acompanha debates entre os candidatos ou segue orientação de um amigo ou familiar?
Segundo pesquisa, quase metade do eleitorado brasileiro disse que familiares e amigos tiveram impacto na decisão do voto no 1º turno das eleições presidenciais.
Outros pontos que também pesaram na escolha, foram o desempenho do candidato em debates e o programa eleitoral.
A pesquisa também constatou que 15% dos eleitores decidiram o voto só na reta final da campanha para o 1º turno. Destes, 7% escolheram seus candidatos só no dia 2 de outubro.
Quando questionados sobre os fatores levados em conta na hora de decidir, os eleitores puderem escolher até 3 das seguintes opções:
E você se enquadra como na pesquisa?
RELIGIÃO E ELEIÇÃO
Na eleição deste ano, estamos testemunhando uma grande participação de um setor que até então não se envolvia muito. Este ano os candidatos acreditam que o segmento religioso pode decidir a eleição presidencial e isso acirrou uma disputa entre evangélicos e cristãos católicos.
Tem candidato que um dia é evangélico, participando de cultos e no outro é católico, fazendo questão de participar de eventos católicos. Isso tem preocupado as lideranças religiosas, acreditando que os fiéis comecem a se preocupar mais com a eleição do que com a sua fé.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nota nesta terça-feira, 11/10, na qual lamenta “a intensificação da exploração da fé e da religião como caminho para angariar votos no segundo turno” das eleições deste ano. Os bispos recordam que a manipulação religiosa desvirtua valores do Evangelho e tira o foco dos reais problemas que precisam ser debatidos e enfrentados no país.
No texto, a entidade afirma que “momentos especificamente religiosos não podem ser usados por candidatos para apresentarem suas propostas de campanha e demais assuntos relacionados às eleições. Desse modo, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lamenta e reprova tais ações e comportamentos”.
A CNBB ratifica que condena o uso da religião por todo e qualquer candidato como ferramenta de sua campanha eleitoral. E você concorda com esse vale tudo para conseguir o voto?
Coluna escrita por Cairo Santos - Jornalista Político e Esportivo
Contato: (64) 98116-3637
Jornal online com a missão de produzir jornalismo sério, com credibilidade e informação atualizada, da cidade de Rio Verde e região.