As lideranças goianas que esperarem o fim do 2º turno das eleições presidenciais, para começar a articular indicações no próximo governo Caiado, podem perder o trem. Na verdade, as articulações já estão a todo vapor Estado a fora.

A imprensa regional já divulga a briga na cultura com pelo menos 09 candidatos. Em Rio Verde, onde o governador Caiado foi mais uma vez bem avaliado, com o partido do vice Daniel Vilela elegendo um deputado federal e outro estadual, os dois muito bem avaliados, em qual cadeira sentará? Claro, precisa ser na “janelinha”.

Município rico, líder no agronegócio, 4º colégio eleitoral do Estado, já há algum tempo fora do primeiro escalão do governo estadual. Tem que ocupar pelo menos uma secretaria de destaque.

O governador reeleito Caiado já adiantou que pretende criar pelo menos 03 secretarias, uma delas para cuidar do social do governo com foco em economizar recursos públicos. Seria esta já reservada a Lissauer Vieira, como gesto de reconhecimento por tudo que o deputado fez a frente da Alego para ajudá-lo na governabilidade, além de ter renunciado a um cargo eletivo para coordenar a campanha do governador? Esta é uma excelente aposta.

Rio Verde tem no DNA a boa gestão na Saúde, seria essa a secretaria preferida pelo prefeito Paulo, aliado de primeira hora do governador? Wellington Carrijo orgulha a todos os rio-verdenses pela gestão durante a pandemia do Covid. Médico, pessoa humilde, que sabe ouvir e conhece como ninguém as demandas do setor, seria outra belíssima sugestão. Além do vice-prefeito Dannillo Pereira que, pela votação recebida, precisa ser reconhecido, quem sabe a pasta da Agricultura? Será que as nossas lideranças políticas, cito Paulo do Vale, Marussa Boldrin, Lucas do Vale, Lissauer Vieira, Dannillo Pereira, Karlos Cabral, entre outras, vão se unir e exigir o que Rio Verde merece? Quem viver verá.

OS PUXADORES DE VOTO

Apenas um, em cada 20 deputados federais, se elegeu este ano com os próprios votos. Esses candidatos receberam votos suficientes para atingir ou ultrapassar o quociente eleitoral, o que significa que, conseguiram cadeiras na Câmara dos Deputados sem depender dos votos totais conquistados pelo conjunto do partido ou da federação.

Neste ano, 25 deputados do total de 513 (4,85%) atingiram ou superaram a meta. O número é menor do que o verificado em 2018, quando 27 foram eleitos com votos próprios.

Os outros 488 deputados eleitos foram “puxados” com os votos dados aos partidos e aos demais candidatos, já que o sistema de eleição para a Câmara dos Deputados é o proporcional. Isso intriga eleitores que continuam sem entender por que alguém perde a eleição com mais votos do que quem ganhou. Acabaram as coligações na eleição proporcional, mas continua valendo o sistema proporcional para eleger deputados e vereadores. Em Goiás, dos 17 eleitos, apenas 01 não precisou da ajuda do partido ou dos outros candidatos: Sylvie Alves que foi eleita com os seus votos apenas, que superou o quociente eleitoral, ela obteve 254.653 votos e o quociente foi de 202.383. A sobra ajudou a eleger outro candidato do seu partido.

ESTA CHEGANDO A HORA

Faltando exatos 12 dias para os brasileiros escolherem o seu próximo Presidente, aumenta a expectativa sobre quem leva essa. Talvez tenhamos o 2º turno mais disputado desde a redemocratização.

Várias pesquisas têm mostrado um cenário estável e com a maioria dos eleitores afirmando que já decidiram o voto. Assim sendo, só pra lembrar o desempenho dos dois finalistas no primeiro turno:

• o ex-presidente Lula, candidato do PT venceu em 14 estados brasileiros, Bolsonaro candidato do PL venceu em 12 e no DF. Lula venceu em todos os estados do nordeste, no sudeste venceu em Minas Gerais e no norte em 04 estados;

• o candidato à reeleição Bolsonaro venceu no centro-oeste, Sul e DF e no Sudeste venceu em estados importantes como São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santos e no norte venceu em 03 estados.

Será que a campanha dos candidatos está sendo suficientes empolgantes para mudar o eleitor de ideia e com isso mudar os seus votos? Vamos aguardar.

Coluna escrita por Cairo Santos - Jornalista Político e Esportivo

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