quarta-feira, 03 de julho de 2024

Rio Verde

Coluna Cairo Santos: QUAL É O PAPEL DO DEPUTADO?

POR Jornal Somos | 30/01/2023
Coluna Cairo Santos: QUAL É O PAPEL DO DEPUTADO?

Reprodução/Redes Sociais

Q

Quem está acostumado a acompanhar grupos em redes sociais devem ter acompanhado o quanto a deputada federal Marussa Boldrin (MDB) foi criticada por participar de uma reunião em Brasília com o presidente da Câmara Federal deputado Arthur Lira. O absurdo foi tamanho que até Fake News foram divulgadas devido à cor da roupa usada pela deputada no dia do encontro. No dia 24 de janeiro, toda a bancada goiana foi convidada pelo presidente da Câmara Arthur Lira, para dar boas vindas e apresentar os planos para a nova legislatura. Estiveram presentes representantes do governo federal e a bancada goiana, incluindo integrantes goianos do PL, como os deputados eleitos Gustavo Gayer e Daniel Agrobom. Marussa Boldrin, representante de Goiás se fez presente no almoço, assim como em todos os outros encontros que foi convocada. Tem sido figura constante na Câmara Federal, para estudar e se aprofundar nas demandas e sempre se colocando à disposição do diálogo para o que for melhor para o Brasil. Pudemos perceber que em grupos de WhatsApp, a deputada tem sido alvo de Fake News que tentam associar sua presença nesse almoço com vínculo ao PT ou governo federal. A deputada nega lembrando sua base que ela é uma parlamentar do agro e repudia que inverdadessejam criadas em seu nome. A pergunta é, o papel do deputado é trabalhar para melhorar a vida dos brasileiros ou se apegar ferrenhamente a sua doutrina politica e fazer oposição acirrada ao governo e durante quatro anos ter como trabalho apenas o discurso? A mim me parece que os ataques são orquestrados por opositores queestão preocupados apenas com as próximas eleições já que se a deputada fizer um bom trabalho se consolida como liderança e se torna ameaça aos adversários políticos.

   

                                       

TSE MULHERES

 

Criada em 2019 e mantida pela Comissão Gestora de Política de Gênero do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a página TSE Mulheres reúne uma visão geral sobre a atuação das mulheres na política e nas eleições ao longo da história do Brasil. Por meio de diversos dados estatísticos, é possível saber, por exemplo, que, entre 2016 e 2022, o Brasil teve, em média, 52% do eleitorado constituído por mulheres, 33% de candidaturas femininas e 15% de eleitas.

 

A partir do painel visual, é possível filtrar informações e observar outros contextos. Os dados podem ser explorados por Região, UF, tipo de eleição, esfera de poder e cargo. Uma rápida pesquisa permite conferir que, nas Eleições Gerais de 2022, 18% dos candidatos eleitos para o Poder Legislativo são mulheres.  

 

As abas “Candidatas e Eleitorasapresentam os perfis dessas mulheres mediante categorias como cor/raça, estado civil, grau de instrução e faixa etária, entre outras. Com poucos cliques, conclui-se que a maioria do eleitorado feminino das Eleições 2022 tem entre 35 e 39 anos.

 

Por fim, o segmento “Mulheres nos parlamentos” compila dados obtidos pela União Interparlamentar com base em informações fornecidas pelos parlamentos nacionais de quase 190 países. O ranking revela que, em 2022, o Brasil ocupou a posição 129, com apenas 17,7% de assentos ocupados por mulheres na Câmara dos Deputados.

 

 

MANDATO DO MORO EM PERIGO

 

PL e União Brasil estão em pé de guerra contra e a favor do mandado de Sergio Moro, eleito pelo (UB) nas eleições do ano passado. No pedido feito à Justiça Eleitoral para que o mandato do senador eleito Sergio Moro (União Brasil-PR) seja cassado, o PL usa o exemplo da ex-senadora pelo Mato Grosso Selma Arruda, afastada do cargo em 2019 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para acusar Moro de ter cometido abuso do poder econômico e uso de caixa dois na campanha eleitoral. No entanto, para o advogado Gustavo Guedes, que defendeu Selma e vai atuar no processo de Moro, as duas situações não são parecidas.

 

O PL diz que, antes de se lançar candidato ao Senado pelo União Brasil, Moro era membro do Podemos e foi tratado como pré-candidato à Presidência da República. De acordo com o PL, antes do início do período eleitoral, o ex-juiz teria utilizado cerca de R$ 2 milhões quando ainda fazia parte do Podemos em gastos como viagens e segurança privada, mas deixou de declarar esses valores na prestação de contas da campanha.

 

Para o PL, o uso dos recursos caracteriza pagamento de despesas de campanha em período pré-eleitoral, o que não é permitido pela lei das eleições. Esse argumento levou a Justiça Eleitoral a cassar o mandato de Selma Arruda e dos suplentes dela, por abuso de poder econômico e arrecadação ilícita de recursos.

 

O PL alega que Moro teve vantagem indevida em relação aos demais concorrentes ao Senado pela exposição midiática durante o período em que foi pré-candidato à Presidência. Gustavo Guedes, contudo, contesta a comparação feita pela legenda. “A natureza dos gastos [de Selma e Moro] é bastante diferente. Segundo a alegação do TSE, no caso da Selma, houve despesas de caráter eleitoral antes da pré-campanha, como com assessorias de imprensa e de marketing. Já com o Moro, não. Eles dizem que o Moro gastou com segurança, com uma viagem para a Alemanha, mas são gastos que não têm relação com eleições, que não trazem benefício eleitoral”, comenta.

 

Por meio de nota, Moro também rebate a versão apresentada pelo PL. “Sei da lisura das minhas ações, suplentes e fornecedores. Não houve aplicação ilegal de recursos, tampouco caixa 2, triangulação ou gastos além do limite”, afirma. “Tentam nos medir com a régua deles. Mas nossa retidão moral é inabalável e inquestionável, como será novamente demonstrado. Ao final serão processados, eles sim, pelas falsidades levantadas", completa o senador eleito. Parece que essa eleição não vai terminar nunca.

 

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