quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Uma das mensagens falsas que mais circula em redes sociais afirma que o fato de Lula ter recebido 100% dos votos em uma seção de Confresa (MT) comprova uma fraude eleitoral, já que a cidade e o estado deram ampla vitória a Jair Bolsonaro.
Segundo o relatório da própria Justiça Eleitoral, apenas um candidato à Presidência da República foi votado em 147 seções eleitorais do país no segundo turno das eleições 2022. Nessas urnas, foram depositados 16.579 votos válidos – o equivalente a 0,01% do total do Brasil.
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi o único candidato votado em 143 seções. Nessas urnas, ele recebeu 16.455 votos, o equivalente a 0,03% dos 60,3 milhões que garantiram sua vitória.
O atual presidente Jair Bolsonaro (PL) foi unanimidade em quatro seções, que renderam 124 votos dos 58,2 milhões que recebeu.
Na cidade de Charrua (RS), o fenômeno ocorreu para os dois lados. Lula ganhou sozinho na seção 126, com 302 votos. Já na seção 15, Bolsonaro levou todos os 79 votos válidos.
As seções com votos apenas em Lula têm sido alvo de fake news desde que o resultado das eleições foi anunciado.
A seção citada nas mensagens, em Confresa (MT), no entanto, fica na Escola Estadual Tapi Itawa, dentro da aldeia indígena Urubu Branco, que declarou apoio a Lula. O presidente eleito recebeu 383 dos 384 votos registrados na seção – um eleitor votou nulo.
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT) afirmou que todos os eleitores da seção são indígenas e que "é comum neste tipo de localidade, bem como em áreas quilombolas, que haja convergência nos votos".
Então, nenhum problema um candidato levar todos os votos da seção.
ARREPENDIDO
Dois dias depois do encerramento da apuração de votos do 2º turno, o prefeito de Iporá, Naçoitan Leite gravou um áudio defendendo a eliminação do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, e do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Com as consequências negativas da repercussão, ele emitiu uma nota nesta segunda-feira, (7), alegando que foi mal interpretado.
“No calor das manifestações políticas, manifestei minha resistência pessoal com o resultado das eleições. Porém, a fiz de uma forma que gerou uma interpretação errada por parte de quem ouviu”, argumentou. “Independente da forma característica como converso, peço sinceras desculpas ao Excelentíssimo Ministro Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, que de forma correta conduziu o processo da maior eleição eletrônica do planeta”, acrescentou.
“Da mesma forma, reconheço que o processo eleitoral refletiu a vontade da maioria das pessoas e a partir de 1º de janeiro, Luiz Inácio Lula da Silva é o presidente eleito de forma democrática”. No comunicado, ele se declara “político conservador”, com “posições definidas, e muitas vezes as expresso de forma informal”.
Para um ente politico de tal importância, afinal ele administra um município e sabe da importância de administrar pra todos, tais declarações foram totalmente inapropriadas. Será que o pedido de desculpas evitará futuras punições?
De forma mais republicana ele encerra a nota: “Dou esse assunto por encerrado e coloco à disposição para criar caminhos que beneficiem nosso Município, ao lado de todos que me elegeram como Prefeito e que desejam que nossa cidade continue progredindo e sendo destaque.”
Cada um sabe mais onde o sapato mais aperta.
CAIADO PRESIDENTE
Antes mesmo do pleito 2022 das eleições terminarem, já circulava a intenção do governador de Goiás Ronaldo Caiado, reeleito no primeiro turno, de concorrer às eleições presidenciais daqui a quatro anos. Ronaldo Caiado sugere que tem pretensões presidenciais, e há espaço para o gestor e político goiano. Porque, além de administrador competente, é um político nato, de rara habilidade para a articulação. Daí a necessidade de ter um grupo de auxiliares mais políticos do que técnicos com poder de articular politicamente essa vontade do chefe. Nesse sentido, o governador Ronaldo Caiado esteve nesta segunda-feira, (7), com diversos representantes do agro para abrir diálogo e discutir a criação de um fundo para a infraestrutura em Goiás, a exemplo do que já fazem outros estados da região Centro-Oeste do país. O recurso arrecadado será administrado com a participação do setor produtivo e sua destinação será exclusiva para a melhoria de estradas e rodovias, retornando em desenvolvimento para o setor agropecuário no Estado. O presidente da Faeg e deputado federal, José Mário Schreiner, reconheceu as melhorias para o setor durante o atual governo e destacou os avanços na segurança e infraestrutura que, segundo ele, precisam continuar. Produtora rural e deputada eleita para a Câmara Federal, Marussa Boldrin se colocou à disposição para intermediar a interlocução entre o governo estadual e o setor agropecuário. “Todo desenvolvimento que queremos a infraestrutura e segurança têm custo e investimento”, explicou. “Tenho certeza que teremos a contrapartida. Conte comigo para que a gente possa ter esse diálogo entre produtores e o senhor (governador), para que a gente entenda a importância do fundo para desenvolver o Estado e nosso país”, finalizou. Para gerir esse fundo o governador sinaliza para a criação da Secretaria da Infraestrutura que nasceria forte e com recursos em caixa. A pergunta de um milhão de dólares: Lissauer Vieira que é gestor eficiente, produtor rural, articulador nato e aliado do governador, seria a primeira aposta para comandar a pasta? Quem viver verá.
Coluna escrita por Cairo Santos - Jornalista Político e Esportivo
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