quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Rio Verde

Coluna Cairo Santos: NA RETA FINAL, AUMENTA CASOS DE ASSÉDIO ELEITORAL NO BRASIL

POR Jornal Somos | 27/10/2022
Coluna Cairo Santos: NA RETA FINAL, AUMENTA CASOS DE ASSÉDIO ELEITORAL NO BRASIL

Redação Jornal Somos

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“Lamentavelmente, no Século 21, retornamos a uma prática criminosa que é o assédio eleitoral, praticado por empregadores coagindo, ameaçando, prometendo benefícios para que os seus funcionários votem ou deixem de votar em determinadas pessoas”. A declaração foi dada pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, ao repudiar a prática desse crime nas Eleições 2022.

 

“Não é possível que ainda se pretenda coagir o empregado em relação ao seu voto. A Justiça Eleitoral tem um canal específico para que todos aqueles que queiram denunciar essa prática ilícita possam fazer com absoluta tranquilidade, garantindo o sigilo, para que nós possamos coibir essa prática nefasta”, disse o presidente do TSE.

 

Segundo informações de comandantes da polícia militar, em algumas localidades, há empregadores querendo reter o documento dos empregados para que eles não possam comparecer para votar.

 

Apesar dos conhecimentos e ampla divulgação sobre o descumprimento das leis eleitorais e trabalhistas, o número de casos de assédio eleitoral no ambiente de trabalho continua aumentando. De acordo com a Revista Consultor Jurídico, conforme o boletim do Ministério Público do Trabalho (MPT), até a última segunda-feira (24), 1.027 ocorrências já tinham sido registradas.

 

O número é quase 5 vezes maior do que o contabilizado na última campanha eleitoral, em 2018. Na eleição presidencial anterior, o MPF recebeu 212 denúncias de assédio eleitoral envolvendo 98 empresas. O funcionário assediado não pode aceitar e deve denunciar utilizando os canais do Tribunal Superior Eleitoral de forma totalmente anônima. Faça valer o seu direito de escolha.

 

PREOCUPAÇÃO COM ELEIÇÃO DO BRASIL CHEGA AO VATICANO

 

O Papa Francisco se dirigiu ao Brasil, nesta quarta-feira (26), durante a tradicional audiência geral que acontece na Praça São Pedro, no Vaticano. Ao final do compromisso semanal com os fiéis, o pontífice afirmou que pede à Nossa Senhora Aparecida que livre os brasileiros do ódio. A declaração foi dada pelo chefe da Igreja Católica durante a tradicional saudação que faz, em vários idiomas, a peregrinos presentes no encontro.

 

Ao fazer referência à padroeira brasileira, Francisco afirmou rezar para que a santa livre a população da violência e do sentimento de intolerância. Apesar de não fazer declaração direta ao processo eleitoral do país, a fala do líder argentino acontece a quatro dias do segundo turno das eleições presidenciais, momento em que pelo menos dois ataques políticos são registrados por dia.

 

Durante a campanha eleitoral, lideranças católicas tem sido alvo de episódios violentos motivados por convicções políticas. Na semana passada, um padre foi hostilizada enquanto celebrava a missa, no Paraná. Nas redes sociais, o cardeal Dom Odilo Pedro Scherer também foi atacado por usar uma veste sacerdotal de cor vermelha.

Em seu discurso, o papa citou ainda a beatificação de Benigna Cardoso da Silva, mais conhecida como menina Benigna. Ela foi reconhecida pela igreja, nesta segunda-feira, em uma cerimônia no município do Crato, interior do estado do Ceará. O pontífice saudou a jovem mártir nesta quarta, enfatizando que "o seu exemplo nos ajude a ser generosos".

 

VALE A PENA DISCUTIR POLITICA NO TRABALHO?

 

Em momentos como o atual, de disputa eleitoral acirrada, o velho ditado que diz que "política e religião não se discute" pode ser a chave para não se queimar no ambiente de trabalho.

 

Faltando poucos dias para a eleição parece inevitável que o debate acabe invadindo salas de reuniões, almoços com chefes e clientes e o dia-a-dia no ambiente de trabalho. Mas como se comportar nessas discussões e evitar que os ânimos se acirrem a ponto de haver agressões verbais e físicas que podem gerar até demissões por justa causa?

 

De acordo com o especialista em carreiras, se a discussão política gerar atrasos nos prazos ou agressões entre colegas, isso já pode ser motivo para a empresa advertir ou suspender os funcionários. A última consequência então é a demissão, que pode ser sem ou com justa causa, dependendo da situação.

 

É fato que todos têm direito de expor suas convicções. No entanto, é preciso ter cuidado redobrado no ambiente corporativo.

“Expor preferências é diferente de ser insistente ou agressivo para que os outros concordem”. A inteligência emocional é o segredo para não exagerar. O importante é entender que, independentemente de convencer ou não, não faz sentido ganhar uma discussão e perder uma amizade ou o emprego. A preservação de amizades e de um emprego pode ter algum sentido. Já a política é muito mais imprevisível e dinâmica do que o seu voto de hoje, pense nisso.

 

Coluna escrita por Cairo Santos - Jornalista Político e Esportivo

 

Contato: (64) 98116-3637

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