quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Rio Verde

Coluna Cairo Santos: MULHERES GOIANAS PODERÃO TER AJUDA PARA ADQUIRIR ARMA DE FOGO

POR Jornal Somos | 14/12/2022
Coluna Cairo Santos: MULHERES GOIANAS PODERÃO TER AJUDA PARA ADQUIRIR ARMA DE FOGO

Redação Jornal Somos

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Com a justificativa de que a quantidade de crimes cometidos contra mulheres clama por medidas legais que contribua de fato para minimizar esses crimes, deputados goianos aprovaram em segunda votação, na terça-feira (13), projeto conhecido como bolsa-arma, que institui uma bolsa para a aquisição de arma de fogo, com uso permitido, para mulheres vitimas de violência domestica ou ocorrida em razão de ser mulher. Basta agora que o governador Ronaldo Caiado sancione para que o projeto entre em vigor.

 

O projeto de lei foi apresentado inicialmente em maio de 2020, pelo deputado Major Araújo (PL). O auxílio é de R$ 2 mil e, segundo o documento, deve ser pago em uma única parcela. O projeto de lei diz que mulheres que foram vítimas de violência doméstica ou violência ocorrida "em razão de ser mulher" podem requerer o auxílio a partir do indiciamento do autor do crime. No entanto, o deputado tem afirmado que, caso o projeto seja sancionado e entre em vigor, as vítimas poderão solicitar o auxílio desde o momento que ocorrer a prisão em flagrante do suspeito.

 

Para solicitarem o auxílio, as vítimas precisam preencher determinados requisitos:

 

Ter mais de 21 anos; residir em Goiás há pelo menos 3 anos; não ter passagem policial pela prática de crimes; comprovar saúde psiquiátrica e psicológica; ter preparo para manusear arma e habilitação em tiro, ministrado gratuitamente pelo estado de Goiás e não ter outro registro de arma de fogo. Para alguns críticos do projeto a iniciativa do deputado é mais uma ação para desonerar o estado da obrigação de dar segurança para a população. E você acha o que?

 

FINAL DO ANO CHEGANDO E AUMENTANDO A PREOCUÇÃO COM A COVID

 

Dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES) mostram que o acumulado de casos de covid em crianças menores de 10 anos no ano ficou em 7,4%,em novembro o índice atingiu 12,5%. Uma constatação que assusta é que os casos da doença registrados neste ano nesta faixa etária são maiores que nos outros dois anos de pandemia somados. Na última terça-feira, 13, os dados mostravam 79,8 mil casos confirmados no acumulado de toda a pandemia. Desses, 43,8 mil foram registrados entre janeiro e o meio de dezembro. As internações em enfermarias saíram de 101 na média em janeiro para 219 atuais. Os óbitos também cresceram, indo de 42 para 66. O grande problema, segundo a superintendente de vigilância em saúde, Flúvia Amorin, tem relação direta com a baixa cobertura vacinal nesta faixa etária.

 

A SES foi obrigada a descartar vacinas que estavam reservadas para este público e venceram por falta de procura. Flúvia Amorin confessa surpresa com a informação de que os pais até confia na vacina, porém tem justificado a não vacinação ao medo de reação, receio de furar o filho mais de uma vez, medo de agulha e até de que receberam orientação de profissionais de saúde para não vacinar os filhos. Na primeira quinzena do mês de janeiro o Estado de Goiás vai lançar uma campanha de orientação para aumentar os percentuais da vacina. É importante lembrar que para a campanha ter sucesso é importante que todos falem a mesma língua.

 

DENGUE TAMBÉM PREOCUPA

 

De acordo com alguns médicos ouvidos por nós, nos últimos anos, as maiores epidemias de dengue no Brasil aconteceram em 2015, 2016 e 2019, além de 2022, que já garantiu o lugar nessa lista antes mesmo de terminar. Antes vista com mais força em regiões quentes e úmidas, desta vez a dengue esta concentrada também em áreas que antes registravam pouca ou nenhuma incidência de infecções pelo vírus. Períodos chuvosos, principalmente no verão, aliados à diminuição da percepção de risco para a dengue, são apontados como os principais motivos que levaram à alta nos casos e mortes nesse ano. O Brasil registrou 978 mortes por dengue em 2022.

 

O total acumulado neste ano até 5 de dezembro já supera o verificado em cada um dos últimos seis anos. O número é um alerta para uma nova epidemia da doença, que vem atingindo todas as regiões e deve se manter nos primeiros meses de 2023. Até o momento, o numero de mortes causadas por Dengue aumentou 400% em 2022 em relação ao total de 2021 e os casos saltaram 172,4% no comparativo entre o mesmo período de 2021 e 2022. Se confirmadas as projeções, 2022 pode terminar como o ano mais mortal para a dengue no Brasil, o número de mortes pode ultrapassar 1 mil, algo nunca visto desde a década de 1980, quando a doença 'ressurgiu' no país e começou a ser mais frequente, com ciclos de maior e menor intensidade. A gente tem falado mais de política partidária aqui, mas achei importante trazer esses dados para que todos nos possamos nos cuidar e trabalhar para que as estimativas não se confirmem.

 

 

Coluna escrita por Cairo Santos - Jornalista Político e Esportivo

 

Contato: (64) 98116-3637

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