quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Armar o cidadão de bem. Com esse discurso o governo atual escancarou a política armamentista no Brasil. Os últimos 4 anos a política de “todo mundo armado”, exposta ao público por Bolsonaro (PL) na reunião ministerial de abril de 2020 fez com que aumentasse o numero de armas em circulação no país. Dezenas de decretos e portarias assinados pelo presidente reduziram o controle, o rastreio e a fiscalização de armas e munições. E a flexibilização de requisitos para o registro de CAC (caçadores, atiradores e colecionadores) ampliou para cerca de 700 mil pessoas o direito de comprar até 60 armas (30 delas de uso restrito) e 180 mil balas anualmente. O governo eleito e o grupo de transição responsável pela Justiça e Segurança Pública já anunciaram que uma das prioridades a partir de 1º de janeiro será reverter o “liberou geral” para armas de fogo e recuperar normas de controle do Estatuto do Desarmamento, de 2003. Flávio Dino nome cotado para assumir o ministério da justiça no governo Lula, aponta para a “grande ameaça” que é o crescimento desenfreado de CACs desde 2019 já são mais pessoas com o registro do que policiais militares e do que membros do Exército em todo o país.
O senador eleito reforça a posição do próximo governo sobre o aumento de fiscalização de combate ao armamento, que, afirma, “deve ser restrito às forças de segurança”.
Autoridades que atuam na área de segurança pública alerta para a destinação de armas de fogo de alto poder destrutivo: fuzis chegam às mãos de grupos criminosos via “cooptação de laranjas ou falsificação de cadastro”; nesse caso como Cacs.
A sugestão do futuro governo é no sentido de que para reduzir a quantidade de armas nas mãos dos civis, será necessário estabelecer novas e mais rígidas regras, mas descarta a ideia de confisco. Qual é a melhor sugestão no caso das armas: armar o cidadão de bem ou desarmar o bandido?
AINDA A TAXAÇÃO DO AGRO
A semana que terminou ganhou muito espaço na imprensa estadual devido a queda de braço do governo e o setor do agronegócio goiano em virtude do projeto que taxa o agro. Fatos interessantes chamou atenção como invasão do plenário da Alego, expulsão de secretario de governo do plenário e depredação do bem público.
Na intenção de acalmar os ânimos ainda acirrados, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Lissauer Vieira (PSD) em entrevista ao jornal O POPULAR pediu desculpas pela forma que determinou que o presidente da Goinfra, Pedro Sales, deixasse o plenário da casa durante a votação em segundo turno do projeto que criava a contribuição do agro. Sales ao mesmo jornal disse que o setor ainda vai se convencer de que a contribuição é positiva, já Lissauer que é ligado ao agro disse que o tempo é que vai dizer isso. O presidente da Alego afirma que o momento não era o ideal para fazer essa taxação por conta de tudo que está acontecendo no País. O cenário econômico, a transição de governo e as incertezas por conta do alto custo da produtividade e das condições climáticas reforçam as suas palavras.
Quando da entrevista, Pedro Sales disse que o fato do presidente da Alego não ter conseguido conquistar o cargos almejados foi por conta do seu destempero. Lissauer rebateu dizendo que por motivos pessoais decidiu não disputar eleição esse ano, caso resolvesse disputar, acredita que não teria dificuldades em se eleger deputado federal ou se reeleger deputado estadual. Novelinha demorada essa.
CONTA DE LUZ MAIS BARATA
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou a manutenção da bandeira tarifária verde no mês de dezembro para as contas de luz dos consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Com isso, não haverá cobrança extra na conta de luz pelo oitavo mês seguido.
A justificativa da agência é que as condições de geração de energia no país estão boas. “Com a chegada do período chuvoso, melhoram os níveis dos reservatórios e as condições de geração das usinas hidrelétricas, as quais possuem um custo mais baixo. Dessa forma, não é necessário acionar empreendimentos com energia mais cara, como é o caso das usinas termelétricas”, afirmou a Aneel, em nota. Criadas em 2015 pela Aneel, as bandeiras tarifárias refletem os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em níveis, as bandeiras indicam quanto está custando para o SIN gerar a energia usada nas casas, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias.
Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, significa que a conta não sofre qualquer acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimos, que variam de R$ 2,989 (bandeira amarela) a R$ 9,795 (bandeira vermelha patamar 2) a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Quando a bandeira de escassez hídrica vigorou, de setembro de 2021 a 15 de abril deste ano, o consumidor pagava R$ 14,20 extras a cada 100 kWh.
Coluna escrita por Cairo Santos - Jornalista Político e Esportivo
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