O final de semana foi bastante movimentado em Goiânia no meio político, devido à visita do ex-presidente da República Jair Bolsonaro, que veio ao Estado para ser homenageado. As conversas políticas se estenderam até Rio Verde, já que o assunto foi a saída de Lissauer Vieira do PSD de Vanderlan Cardoso para o PL de Jair Bolsonaro. Para muitos o pulo do gato são as eleições municipais do ano que vem quando Lissauer Vieira vai tentar de novo assumir a prefeitura do município.

Segundo noticias divulgadas no Jornal Hoje dessa segunda-feira, 21, o ex-presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Lissauer Vieira — até então no PSD — vai mesmo para o PL, de Jair Bolsonaro. Em Goiás, a sigla é comandada pelo senador Wilder Morais, que, inclusive, abriu as portas de sua casa para receber Lissauer e uma comitiva do PL que presenciaram o trato. 

O martelo foi batido na presença, inclusive, do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro. O evento de filiação deve ser realizado em Rio Verde. 

Vale lembrar que a região Sudoeste do estado, onde está localizado o município, é predominantemente ligado ao agronegócio, segmento que Vieira representa como ninguém. Além disso, o bolsonarismo local ainda pulsa. Nesse contexto, a leitura é que qualquer candidatura do PL herdaria naturalmente uma adesão significativa. Lissauer se consagra, com isso, um peso ainda mais pesado na briga pela cadeira de Paulo do Vale. Para quem acha que o desembarque de Lissauer no PL será tranquilo, ledo engano. Lideranças do partido na cidade vinham dando como certo a candidatura do produtor rural Daniel Câmara a prefeitura representando o partido e a notícia da chegada do Lissauer não agradou a essas lideranças que afirmaram não ter desistido de Daniel e que vai tentar emplacar a sua candidatura com o sem Lissauer no partido.

Apesar de reunir condições que o permitiriam, caso queira voar solo, o desejo de Lissauer é permanecer ao lado do grupo atualmente encabeçado pelo prefeito da cidade, Paulo do Vale (UB). O prefeito reeleito está impedido de concorrer novamente. Sendo assim, a vontade do ex-presidente da Alego é chegar na disputa com o apoio de Vale. 

Os comentários vindos da base e oposição ao prefeito dão conta de que, ainda que não tenha o apoio do prefeito, Lissauer tem grandes chances de ser eleito. Não apenas pela experiência administrativa, mas pelo próprio capital político e de lideranças estratégicas que tendem a figurar ao seu lado em uma possível candidatura avulsa no ano que vem. 

Lissauer tem dito a apoiadores mais próximos que manterá sua candidatura independentemente do apoio de Vale. Mas que tentará, até o final, manter a base coesa.

“Sou da base do prefeito, sou parceiro dele. Trabalhei em seu projeto de reeleição, sem contar que dei uma grande contribuição à cidade enquanto presidente da Assembleia. Sempre o ajudei, abri portas, apresentei muitas coisas, destinei emendas, ou seja, demonstrei lealdade e espero que esse grupo continue unido”, tem dito Lissauer a amigos.

Além de ter que derrubar a resistência do grupo ligado a Daniel Câmara, Lissauer sabe que hoje a preferência do prefeito Paulo do Vale (UB) é por alguém da sua equipe e o nome do médico Wellington Carrijo já vem sendo trabalhado pela sua base. Resta ao Lissauer então um projeto na oposição, a questão é: Lissauer vai aglutinar os contra de Paulo do Vale? Ele já perdeu uma eleição para o Paulo quando insistiu numa candidatura dividida. Quem viver verá.

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