quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Foto: Prefeitura de Rio Verde
Uma reclamação constante de concessionários de transporte coletivo é o grande número de gratuidades que em várias cidades chega a inviabilizar o serviço. Aqui em Rio Verde, para manter o serviço funcionando, a prefeitura foi obrigada a adquirir mensalmente bilhetes para distribuir aos seus funcionários e ajudar a empresa concessionária a continuar prestando o serviço.
E pode vir mais uma gratuidade aí, é que o deputado Karlos Cabral (PSB) protocolou na Alego o projeto n. 1687/23, no qual propõe transporte coletivo público gratuito para pessoas desempregadas de forma a ajudá-las a se realocarem no mercado de trabalho, beneficiando-as com a redução dos custos com locomoção. A matéria foi encaminhada à Comissão de Constituição, Justiça e Redação, onde será distribuída para relatória.
De acordo com Cabral, o objetivo é beneficiar principalmente a população mais carente, já que essas pessoas não têm condições de pagar pela passagem e ficam sem ter como participar de entrevistas e processos seletivos. "Muitos que vivem em regiões periféricas e de difícil acesso também podem se beneficiar deste programa, visto que a distância não vai mais ser um obstáculo", afirma o deputado em suas justificativas.
O texto traz informação divulgada no portal do Governo do Estado de Goiás, segundo a qual a taxa de desemprego em nosso Estado chegou a 7,1% em 2022, o que representa aproximadamente 260 mil goianos desocupados.
O parlamentar explica que o benefício a ser concedido contempla cada usuário com 28 viagens gratuitas por mês, ou seja, duas por dia sem considerar os fins de semana. O valor será creditado mensalmente e não é acumulativo, ou seja, se o usuário não consumir todas as viagens em um mês, no mês seguinte o valor a ser creditado será apenas o que faltar para completar as 28 viagens.
Claro que a iniciativa do deputado é plausível, afinal de contas muitos desempregados saem de casa cedo para procurar emprego e devido à dificuldade no transporte, muitas vezes sem recursos para bancar, só retornam a noite, ficando inclusive sem se alimentar. A pergunta é: as empresas serão ressarcidas por essa gratuidade? Quem vai pagar a conta? Com a palavra o nobre parlamentar.
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