quarta-feira, 03 de julho de 2024

Rio Verde

Coluna Cairo Santos: ENTRE MORTOS E FERIDOS SALVOU A CIVILIDADE

POR Jornal Somos | 17/10/2022
Coluna Cairo Santos: ENTRE MORTOS E FERIDOS SALVOU A CIVILIDADE

Imagem: Reprodução de vídeo/TV Band

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Provavelmente o debate do grupo Bandeitantes realizado ontem (16) não vai mudar votos a tal ponto de mudar o resultado da eleição, tal é o grau de consolidação do eleitorado a duas semanas da eleição.

 

Mas, o nível de discussão política entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) na noite deste domingo, abre uma esperança de que nem tudo está perdido em termos de civilidade. Acusações de parte a parte, aconteceram, mas não refletiu o cenário tenso da semana, seja nas redes sociais como nas ruas e, até mesmo, nas igrejas.

 

Debates de segundo turno são como duelos, não há um terceiro para tirar o foco. E a elevação da temperatura da campanha poderia causar momentos constrangedores ao vivo – era o temor que pairava. Acredito que o formato utilizado pela emissora que transmitiu a peleja em blocos grandes onde cada candidato tinha 15 minutos para confrontar o adversário e claro controlar o tempo, colaborou com o número menor de acusações pessoais.

 

Pra quem esperava propostas, não aconteceu nada de grandioso, as propostas são velhas conhecidas do eleitor. O encontro da Band talvez não tenha mudado um voto sequer, mas serviu para voltar o gênero “debate presidencial” para o modo civilizado. Foi o primeiro duelo de Bolsonaro no formato um contra um. Já que em 2018, devido ao atentado sofrido, não participou de debates no segundo turno. Diferente do ex-presidente Lula que esta calejado nos “duelos”:

 

  • em 1989 com Fernando Collor;
  • em 1994 com FHC;
  • em 2002 com José Serra; e
  • em 2006 foi com Geraldo Alckmin, hoje seu vice.

 

Vamos esperar o próximo e torcer para que discutam propostas para ajudar o povo brasileiro.

 

AINDA SOBRE PESQUISAS ELEITORAIS

 

A pergunta que vale um milhão de dólares: por que as pesquisas passaram tão longe do resultado oficial no primeiro turno, apesar de todos ter previsto a vitória de Lula? A explicação mais plausível, pelo menos pra mim, foi levantada pelo sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, do Ipespe.

 

Enquanto todas as análises levam em conta os votos válidos, ele comparou os votos totais e descobriu que os dados, nesse caso, não ficam muito diferentes do resultado final. O que se vê daí é que, a proporção dos votos totais que Bolsonaro teve, fica muito próxima daquela que as pesquisas retrataram pouco antes. Usando a mesma medida, Lavareda notou uma diminuição dos votos para o Lula nas urnas, e também para os candidatos da terceira via. A hipótese que ele levanta é que muitas pessoas declararam preferência pelo petista, mas não saíram para votar no domingo, 2.

 

Aí se questiona, mas os institutos não tinham como captar isso? Os modelos aplicados no Brasil são desenhados para, a partir das amostras, fazer inferências para o eleitorado como um todo. Os pesquisadores não tentam descobrir se o entrevistado irá mesmo votar ou não. Historicamente, os institutos brasileiros não ligam para isso, porque o voto no Brasil é obrigatório. Mas, considerando os níveis de abstenção recentes, em torno de 20%, acredito que se trata de algo importante a se considerar.

 

Outra hipótese a se considerar é o fato de que pessoas com renda maior tendem a se esquivar das pesquisas. Vamos acompanhar as pesquisas e comparar com o resultado final e voltar a discutir o resultado, das pesquisas ao final do segundo turno.

 

DEPUTADOS ESTADUAIS QUEREM DIMINUIR INFLUENCIA DE EX-PRESIDENTES DA CASA, NA CASA

 

Deputados estaduais que estão em primeiro mandato ou irão retornar à Assembleia Legislativa de Goiás em 2023, após período fora da Casa, têm dito, nos bastidores, que vão aproveitar a eleição da mesa diretora para diminuir a influência do atual presidente da Casa, Lissauer Vieira (PSD), e seus antecessores.

 

Conforme o apurado pela coluna Giro, o sentimento é grande entre os 21 “novatos”, entre os quais estão políticos veteranos. Eles defendem que a estrutura administrativa, entenda-se, a divisão de cargos, sejam de forma igual entre os 41 integrantes da próxima legislatura. Por isso, falam em apoiar candidato à presidente que não firme compromisso com os últimos chefes do Legislativo.

 

Além de Lissauer, são citados os nomes do ex-deputado estadual José Vitti (UB) e do deputado estadual Helio de Sousa (PSDB), que o antecederam na presidência da Casa. Na verdade a disputa já ferve nos bastidores e não só os ex-presidentes entrarão na disputa como o governador Caiado reeleito. Quem viver, verá.

 

 

 

Coluna escrita por Cairo Santos - Jornalista Político e Esportivo

 

Contato: (64) 98116-3637

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