quarta-feira, 03 de julho de 2024

Rio Verde

Coluna Cairo Santos: ELEIÇÃO MAIS ACIRRADA DA HISTÓRIA DO BRASIL

POR Jornal Somos | 31/10/2022
Coluna Cairo Santos: ELEIÇÃO MAIS ACIRRADA DA HISTÓRIA DO BRASIL

Imagem: Reprodução de vídeo/Band

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Após a disputa mais acirrada desde a redemocratização e uma campanha turbulenta, marcada por uma polarização histórica, guerra suja nas redes sociais, batalha religiosa e episódios de violência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito presidente da República neste domingo (30), ao derrotar no segundo turno Jair Bolsonaro (PL), atual ocupante do Palácio do Planalto.

 

O resultado foi confirmado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) às 19h57, quando 98,81% das urnas já tinham sido apuradas. Àquela altura, o petista tinha 50,83% dos votos válidos e não poderia mais ser alcançado pelo atual presidente, que disputava a reeleição.

 

Ao fim da apuração, Lula ficou com 50,90% (60,3 milhões de votos), e Bolsonaro, com 49,10% (58,2 milhões de votos). Desde que as eleições presidenciais livres foram retomadas, em 1989, essa é a menor diferença tanto em termos percentuais quanto em números absolutos (2,1 milhões de votos a mais para o ganhador). Ao superar a marca de 60 milhões de votos, Lula tornou-se o presidente eleito mais votado da história.

 

Já Bolsonaro é o primeiro presidente a fracassar na busca por ser reconduzido ao posto desde a redemocratização. A aposta do presidente Bolsonaro era na virada no segundo turno, algo que nunca tinha acontecido e acabou conseguindo virar em 248 municípios, a maioria deles em Minas Gerais, apesar de ter perdido lá também no segundo turno, o que não foi suficiente para desbancar a frente conseguida pelo petista no primeiro turno. Lula não virou em nenhum município. Eleito presidente, Lula terá uma forte oposição e se espera dificuldades para compor com o Congresso tido como conservador e o primeiro desafio é o novo orçamento. Lula vai receber um País despedaçado e vai ter que trabalhar muito para evitar o terceiro turno. O mapa nos estados ficou assim: o PT, o União Brasil, o MDB, o PSB e o PSDB vão administrar 03 estados, o PL, o PP, o PSD e o Republicanos 02 Estados, o NOVO e o Solidariedade 01 Estado.

 

AFINAL SALVARAM-SE TODOS

 

Entre mortos e feridos, salvaram-se todos. Pronunciando esse provérbio já antigo, que mais parece um paradoxo, significa que a pessoa quer dizer, que a coisa não foi tão ruim quanto parecia que seria.

 

Às vésperas das eleições mais tensas que o Brasil já viveu entre os dois candidatos mais carismáticos da história brasileira pelo menos dos últimos 60 anos, em clima de polarização absoluta, felizmente a previsão de bangue-bangues generalizados pelo País não se concretizou. É bem verdade que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) correu de arma em punho atrás de um homem negro que a teria ofendido e que um tiro foi disparado para cima. Mas até nisso se pode dizer foi só um susto. Bizarro, mas susto e não tragédia.

 

A morte do petista Marcelo Arruda, em julho, assassinado em Foz do Iguaçu (PR) por um fanático bolsonarista, o policial penal Jorge Guaranho, enquanto comemorava seu aniversário, parecia ser um prenúncio de coisas muitos ruins. Houve ainda outras agressões, atentados e mesmo homicídios a partir de então, com suspeita de terem como causa a rixa política, mas foram fatos isolados.

 

À exceção do episódio patético que poderia ser trágico protagonizado pela parlamentar bolsonarista, o fim da campanha proporcionou imagens bonitas por todo o País, com carreatas de ambos os candidatos colorindo as ruas e pessoas agitando bandeiras.

 

Pareceu até uma eleição normal, apesar de tudo. Que seja isso prenúncio de uma nova e mais saudável forma de convivência das pessoas com suas diferenças políticas.

 

2024 JÁ ESTA AÍ

 

 Os vencedores da eleição de 2022 ainda comemoram e já se discute a eleição de 2024. A lista de pré-candidatos a prefeito de Rio Verde é relativamente ampla. Nem todos serão candidatos e alguns podem até serem vices e, ao longo do tempo, podem surgir outros postulantes. A eleição será disputada daqui a um ano e 11 meses. Mas as articulações já começaram e os políticos estão tratando de expor seus nomes publicamente. Afinal, quem não é visto não é lembrado.

 

A disputa em Rio Verde será basicamente entre o candidato que vai preservar e ampliar o legado do prefeito Paulo do Vale, do União Brasil, e aquele postulante que pretende exatamente rejeitar tal legado, apostando na mudança, na alternância de poder.

 

Na base de Paulo do Vale há pelo menos dois nomes cotados: Dannillo Pereira, seu vice-prefeito e suplente de deputado federal, e o médico Wellington Carrijo. Parece óbvio que só um deles será candidato. A oposição tem vários nomes, mas a tendência é que haja um afunilamento. Na oposição não se acredita numa candidatura de Marussa Boldrin,eleita deputada federal seria cobrada pelo agro que ajudou a eleger para permanecer em Brasília, e deve ser a comandante do projeto oposicionista. Lissauer Vieira teria perdido espaço depois que se aliou ao prefeito Paulo do Vale e na situação parece não ser a opção para sucessão de PV. HeulerCruvinel, Osvaldo Fonseca, Karlos Cabral, Lucia Batista, Nayara Barcelos, qual desses vai conseguir a tão chamada união oposicionista, única forma de tentar desbancar Paulo do Vale?

 

Coluna escrita por Cairo Santos - Jornalista Político e Esportivo

 

Contato: (64) 98116-3637

 

 

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