quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Várias pessoas reclamam do número grande de eleições no Brasil, elas acontecem de 2 em 2 anos. Isso para alguns pode ser bom, já que no período eleitoral, que pena que a campanha esse ano durou em média 45 dias, as coisas costumam baratear ou os preços serem mantidos. O ruim da história é que após as eleições tudo sobe, voltando ao normal.
Acontece que, este ano os aumentos começaram a pipocar antes mesmo do final da eleição, então vejamos: Depois de meses com gasolina acima dos R$ 7, o brasileiro mal sentiu a alta de 1,5% no preço médio do combustível na última semana em relação à anterior. A má notícia é que esses reajustes podem voltar a se tornar mais comuns do que gostaríamos, principalmente após as eleições. Apesar de a limitação do ICMS continuar valendo no ano que vem, a medida que zera os impostos federais é temporária, com validade até dia 31 de dezembro de 2022. Há espaço para que a redução continue no ano que vem, mas vai depender de um acordo entre o presidente e o Congresso eleito.
Já a energia elétrica em Goiás subiu em média para o consumidor 7,22% e já vale a partir do próximo sábado, 22. A tarifa residencial sobe 4,82%, baixa tensão 5,8% e alta tensão 10,84%.
Tem mais aumentos, então vamos lá: De acordo com informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), as principais hortaliças e frutas tiveram aumento nos preços em setembro. Em Goiás, a banana está 23,84% mais cara, acima da média nacional, onde a fruta subiu 15,08%. Cenoura, cebola, laranja, maçã e mamão também registraram aumentos em todo País. Para a companhia, a menor oferta de hortifruti nos principais mercados atacadistas no país influenciou a alta de preços.
As frutas examinadas pela Conab foram banana, laranja, maçã, mamão e melancia. Apenas a melancia teve tendência de baixa nos preços, mesmo com a maior comercialização da fruta no último mês. E aí não seria melhor ter eleição todo ano?
APROXIMA-SE A VOTAÇÃO E ESTA ACIRRADA O CLIMA DE ÓDIO NO BRASIL
Nas últimas semanas, ocorreram incidentes violentos relacionados à campanha política, e no início desta, em Goiânia, mais um caso chamou atenção. Em um bar, numa noite de domingo, um advogado teria agredido uma mulher e atacado uma pessoa, em razão de opiniões políticas diferentes.
Desde 2014, o Brasil sofre grave processo de polarização política. E isso se acentua pela presença das mídias sociais, que exacerbam a divisão e cria o clima de “nós contra eles”. Só no primeiro semestre deste ano, a Central Nacional de Denúncias da Safernet mostrou um aumento de 67,5% de denúncias de crime de ódio na internet envolvendo racismo, LGBTfobia, xenofobia, neonazismo, misoginia, apologia a crimes contra a vida e intolerância religiosa. Os dados dão a entender que o debate saudável e a democracia parecem frágeis para nosso país, já que a polarização se vestiu de ódio pessoal, criando uma cisão poderosa entre os brasileiros.
Vale sempre lembrar que política não é torcida de futebol. Não adianta torcer pela derrota do adversário e ficar feliz no domingo, enquanto vemos pessoas apanhando por opiniões divergentes, enquanto seres humanos são assassinados por acreditar no que é diferente da gente, enquanto vemos homossexuais sendo espancados e tantos outros casos. A sociedade perde. Perde-se a chance de conseguir dialogar com o outro e se ganha mais um motivo para odiar quem defende o que não concordamos. Assim sendo, cai o mito de que o brasileiro é um povo pacífico, acolhedor e generoso. Cabe a cada um de nós e, principalmente aos políticos, a iniciativa de voltarmos a acreditar que o brasileiro não é de guerra.
A LEI É PRA TODOS
A chapa de deputados estaduais eleita pelo PL em Goiás nas eleições deste ano poderá ser derrubada pela Justiça Eleitoral. O motivo é que a sigla não atingiu número suficiente de candidatas mulheres, ficando abaixo do mínimo exigido pela legislação – que é de 30% candidaturas femininas. No caso do PL foi cumprido apenas 25% desse quantitativo. Pelo PL foram eleitos para a próxima legislatura os deputados estaduais Major Araújo, Paulo Cezar Martins e Delegado Eduardo Prado, mas eles podem não assumir.
O problema ocorre porque durante a campanha, duas mulheres tiveram as candidaturas indeferidas pela Justiça Eleitoral, por falta de documentação. Para reverter e equalizar a chapa entre o percentual de candidatura masculina e feminina, o partido decidiu retirar candidaturas de homens para atingir o proporcional de 30%. “Pelo princípio da boa-fé, retiramos a candidatura de cinco homens e a Justiça indeferiu o nosso pedido”, diz o deputado federal e presidente estadual da sigla, Major Vitor Hugo.
Nos corredores da Assembleia Legislativa, deputados que não conseguiram uma cadeira, mas acabaram ficando na primeira ou segunda suplência, já articulam entrar na Justiça para derrubar a chapa do PL, por não cumprir os 30% de candidaturas femininas garantidas pela legislação. Advogados especialistas em direito eleitoral, consultados informalmente pela coluna foram unânimes em acreditar que não houve erro da justiça e sim do partido e a chapa do PL pode sim ser derrubada. Ao serem questionados sobre a desistência dos 5 homens, os especialistas garante: “Se eles concorreram ao pleito, então não tiveram a candidatura anulada”. Será que desta vez a justiça será pra todos?
Coluna escrita por Cairo Santos - Jornalista Político e Esportivo
Contato: (64) 98116-3637
Jornal online com a missão de produzir jornalismo sério, com credibilidade e informação atualizada, da cidade de Rio Verde e região.