quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Rio Verde

Coluna Cairo Santos: A POLÊMICA URNA ELETRONICA

POR Jornal Somos | 09/11/2022
Coluna Cairo Santos: A POLÊMICA URNA ELETRONICA

Redação Jornal Somos

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Um dia antes do Ministério da Defesa apresentar relatório sobre as urnas eletrônicas – previsto para esta quarta-feira, (9), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) apresentou documento em que afirma não ter constatado nenhum fato que aponte suspeita de irregularidades nas eleições.

 

O relatório foi entregue nessa terça, (8), ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, e apresenta monitoramentos realizados em todo o país. A Ordem trabalhou com comissões vinculadas a cada seccional dos estados e do Distrito Federal, nos dois turnos das eleições.

 

“Atestamos a confiabilidade e a integridade das urnas eletrônicas”, afirmou a entidade no relatório. “Este Conselho Federal da OAB reafirma, seguramente, que o Brasil presenciou eleições limpas, transparentes e seguras.”

 

O Tribunal de Contas da União (TCU) também não encontrou divergências nos boletins das urnas eletrônicas que foram analisadas durante auditoria realizada no segundo turno das eleições.

 

De acordo com informações divulgadas pelo tribunal, nenhuma divergência foi encontrada pelos técnicos do órgão nos 604 boletins analisados com base nas informações disponibilizadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

 

O boletim é impresso pelos mesários após o encerramento da votação e afixado na porta da seção eleitoral. O documento contém o número de votos por candidato, nulos, brancos e dados sobre o equipamento de votação.

 

A expectativa final agora é para o relatório das forças armadas, que será apresentado hoje ao TSE. Espera que o resultado deste relatório acalme os ânimos de bolsonaristas insatisfeitos com o resultado das urnas.

 

Apesar da expectativa ser de o Ministério da Defesa apresentar relatório que alimente os atos antidemocráticos que questionam as urnas pelo país, já que partes do relatório vazado não indicam fraude, mas diz não poder afirmar com 100% de certeza a confiança nas urnas, vamos esperar que finalmente as eleições terminem hoje.

 

HORÁRIO DE VERÃO?

 

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou o Twitter para fazer uma enquete sobre uma possível volta do horário de verão no Brasil. Criada às 18h17 da segunda-feira, (7), a votação já acumulava quase 2 milhões de votos na manhã de terça, sendo que a 68% das pessoas votaram à favor do retorno.

 

“Governo que consulta a população. O que vocês acham da volta do horário de verão?”, escreveu Lula na postagem.

 

Além de Lula, seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), também já usou a rede social para comentar o retorno do horário de verão. Em resposta a pedido do ator Bruno Gagliasso, Alckmin já havia sugerido que há um olhar do novo governo para a questão, ao usar emojis que dão a entender que o assunto está anotado e em pauta.

 

O horário de verão foi finalizado pelo presidente Jair Bolsonaro em 25 de abril de 2019, por meio de decreto. Segundo o presidente, a decisão foi pautada em estudos que “apontam para a eliminação dos benefícios por conta de fatores como iluminação mais eficiente, evolução das posses, aumento do consumo de energia e mudança de hábitos da população.”

 

A assessoria de imprensa de Lula afirmou que a enquete formulada em seu perfil no twitter tem caráter indicativo. O presidente eleito pretende encaminhar o tema aos técnicos que avaliarão se vale a pena o retorno.

 

“A principal consequência dessa mudança é a privação do sono, que afeta a quantidade de horas dormidas e qualidade. A pessoa, então, rende menos no dia seguinte e perde o seu desempenho intelectual”, afirma o médico geriatra e clínico geral Paulo Camiz, professor da USP e do Hospital das Clinicas de São Paulo.

 

A vitória do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, colocou o retorno do horário de verão no radar das redes sociais.

 

O horário de verão foi instituído no Brasil durante a gestão de Getúlio Vargas, em 1931 e 1932, mas só passou a ser adotado sem interrupções a partir de 1985. A medida foi criada para aproveitar a iluminação natural nos dias mais longos para poupar energia e reduzir o risco de apagões.

 

A suspensão do horário de verão já era estudada no governo de Michel Temer, mas foi implantada durante a gestão de Bolsonaro.

 

Na época, o governo afirmou que o adiantamento anual dos relógios em uma hora perdeu "razão de ser aplicado sob o ponto de vista do setor elétrico" diante das mudanças no padrão de consumo de energia e avanço tecnológico.

 

De acordo com dados do Ministério de Minas e Energia nos últimos anos, o Brasil economizou pelo menos R$ 1,4 bilhão desde 2010 por adotar o horário de verão, em razão de uma redução média de 0,5% no consumo de energia, chegando a 4,5% no horário de pico.

 

Segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), números já divulgados, entre 2010 e 2014, o aproveitamento da luz do sol resultou em economia de R$ 835 milhões para os consumidores, principalmente devido à redução da necessidade do uso de termelétricas.

 

Os números oficiais mostram, entretanto, que a economia no consumo de energia caiu nos últimos anos e que a medida passou a ter pouca relevância tanto para a segurança do setor de energia como na composição do preço da conta de luz. A economia gerada caiu de R$ 405 milhões em 2013 para R$ 147,5 milhões, em 2016. E você é contra ou a favor da volta do horário de verão?

 

UM ANO DA MORTE DE IRIS REZENDE

 

Amado por aliados e temido por adversários políticos, completa hoje (9) um ano da morte do ex-governador de Goiás e ex-prefeito de Goiânia, Iris Rezende Machado.

 

O político, que tinha 87 anos, não resistiu a complicações de um AVC sofrido no dia 6 de agosto de 2021.

 

Agora, um ano depois de sua partida, o político, que foi quatro vezes prefeito da capital e que se aposentou da vida pública apenas em 2020, aos 86 anos, acumula diversas homenagens póstumas. Iris dá nome ao plenário da nova sede da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) e também ao viaduto no cruzamento da Avenida Goiás Norte com a Avenida Perimetral Norte.

 

Na terça-feira (8/11), um busto em sua homenagem foi descerrado na Alego com a presença do prefeito Rogério Cruz, do governador Ronaldo Caiado e do presidente da casa, Lissauer Vieira.

 

Nascido em Cristianópolis em 1933, Iris se mudou para a capital no final dos anos 1940 e se formou em Direito na Faculdade de Direito que, mais tarde, integraria a Universidade Federal de Goiás (UFG). Engajou-se no movimento estudantil ainda nos anos 1950, se elegendo vereador em 1959 e depois deputado estadual em 1963, sendo o mais votado daquele ano. Em 1965, se tornou prefeito pela primeira vez e permaneceu no cargo até ser cassado pela Ditadura Militar, em1969.

 

Após reaver seus direitos políticos em 1979, encabeçou o movimento pela redemocratização em Goiás, entre as lideranças do Diretas Já, e se elegendo governador em 1982 com 67% dos votos.Iris foi governador de Goiás por dois mandatos e ocupou cargos na esfera federal nos governos de José Sarney (ministro da Agricultura) e de Fernando Henrique Cardoso (ministro da Justiça).

 

Suas gestões foram marcadas por mutirões e obras de infraestrutura, principalmente ruas, estradas e casas, inclusive a construção em um dia de mil casas na Vila Mutirão, entrando para o livro dos recordes em 1983. Depois, foi eleito governador na eleição de 1990 e senador por Goiás em 1994. Por tudo que fez por Goiás, Iris continua respeitado por aliados e adversários.

 

Coluna escrita por Cairo Santos - Jornalista Político e Esportivo

 

Contato: (64) 98116-3637

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