Um dos maiores desafios da educação atualmente, é encontrar novos meios de cativar e prender a atenção das crianças, que devido à rotina corrida dos pais acabam indo cada vez mais cedo para as creches e escolas. Uma das principais saídas para as escolas é transformar as brincadeiras em aprendizados, afinal esse é o jeito que a criança compreende o mundo.

E é com esse lema de brincar aprendendo, para aprender brincando, que a EMEI Maria da Glória, em Rio Verde, realizou um trabalho com as crianças, que culminou na atividade do “mercadinho de mentira”. Tudo começou em sala de aula, as crianças do Infantil III tiveram atividades rotineiras que apresentaram os números de 0 a 10. Em seguida as professoras apresentaram as cédulas (associando os números das mesmas nas de 2, 5 e 10), os pais participaram fornecendo embalagens vazias, para deixar mais crível a atividade.

Durante a execução da atividade as crianças escolhiam os “produtos”, onde elas compravam esse produto se tivesse o valor fixado, além da criança que fazia a função de caixa teria que identificar o valor e se precisaria de troco. “Existe uma cultura que o brincar, é só brincar. Deixar a criança livre brincando à toa. Na educação infantil, nós falamos que, tudo que a criança pode aprender, ela consegue aprender brincando. Depende da intencionalidade”, comenta a gestora da escola Fernanda Fagundes.

Ainda complementando sobre a execução da atividade, a professora Núbia Gomes da turma do Infantil III matutino da EMEI comentou que "O meu maior desafio foi transformar todo esse trabalho sistemático em uma atividade lúdica. Até porque é por meio da brincadeira que as crianças aprendem. E esse assunto é com certeza muito importante uma vez que o mundo gira em torno da compra e venda. As crianças precisam entender desde bem pequenas que tudo tem um valor e brincando e fantasiando fica mais fácil."

“Nossa proposta foi que as crianças tivessem contato com o sistema monetário brasileiro, por meio da educação financeira. Conhecendo as notas, cédulas, os valores, para que serve o dinheiro, o uso consciente desse dinheiro. Usamos o dinheiro para que? Para comprar. Mas posso usar esse dinheiro para comprar qualquer coisa, sempre, todos os dias, tudo que eu quero? O que eu preciso fazer para comprar algo com um valor maior?”, acrescenta também a coordenadora pedagógica Lídia Rodrigues

O mundo está sempre em constante transformação, com a educação não poderia ser diferente. Enquanto há alguns anos atrás as crianças eram submetidas a métodos bem rígidos de ensino, hoje se compreende que quanto mais lúdica for a atividade, melhor para o aprendizado das crianças, sem a complexidade do assunto que os adultos precisam. Brincar aprendendo, para aprender brincando, remete à fala e a linguagem que as crianças entendem, apresentando assim tópicos que eles precisam aprender, de modo que eles conseguem aprender.

E você, tem acompanhado as atividades dos seus filhos na escola? O quão diferente elas são do seu tempo de escola? Conta pra gente!

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