A Administração Geral de Alfândegas da China (GACC) anunciou, na última sexta-feira (7), a reabertura do mercado chinês para a carne de frango brasileira. Entre as 47 plantas frigoríficas autorizadas a retomar as exportações está a unidade da BRF S.A., localizada em Rio Verde (GO), que estava com as vendas suspensas desde maio de 2025.

A suspensão ocorreu após a confirmação de um caso isolado de gripe aviária em uma granja comercial no Rio Grande do Sul. Desde então, o Brasil apresentou informações e medidas sanitárias para demonstrar o controle da situação. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o país registrou apenas um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em área comercial, já erradicado desde junho.

Em nota, a ABPA informou que a reabertura representa o reconhecimento do trabalho técnico e sanitário do país no controle da doença e na manutenção da segurança alimentar.

Efeitos para Goiás e Rio Verde

A BRF de Rio Verde (SIF 1001) é uma das principais unidades produtoras de carne de frango do Centro-Oeste e tem participação relevante nas exportações goianas. Com a reabilitação, o frigorífico volta a enviar produtos ao mercado asiático, o que deve refletir na retomada do ritmo de produção e geração de empregos no setor.

Outros frigoríficos goianos também foram contemplados, como o de Itaberaí, pertencente à São Salvador Alimentos (SSA).

A China é o maior comprador da carne de frango brasileira. Em 2024, o país importou 562,2 mil toneladas, correspondendo a 10,8% das exportações nacionais do produto. Entre janeiro e maio de 2025, antes da suspensão, as exportações somaram 228,2 mil toneladas, gerando US$ 545,8 milhões em receita.

Com a retomada, a expectativa do setor é recuperar o volume de embarques ainda neste trimestre. A decisão da China segue movimentos de outros mercados, como União Europeia, Japão e Emirados Árabes Unidos, que já haviam retirado restrições desde setembro.

A reabilitação das plantas brasileiras reforça a posição do país entre os principais exportadores mundiais de carne de frango e tem reflexos diretos na cadeia produtiva e na economia de estados produtores, como Goiás.

Com informações de Rio Verde Rural.