quarta-feira, 03 de julho de 2024

Caso Pedro Lucas: Defesa do padrasto contesta veracidade de carta que alega confissão do crime

POR Thais Cabral | 05/03/2024
Caso Pedro Lucas: Defesa do padrasto contesta veracidade de carta que alega confissão do crime

Foto: Reprodução

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José Domingos Silva Santos, de 22 anos, padrasto de Pedro Lucas Sá Santos, de 10 anos, é indiciado por matar e ocultar o corpo do menino, em Rio Verde-GO. 

 

A informação veio através do delegado do caso, Adelson Candeo, ao portal G1, onde relata que José Domingos, foi indiciado por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver nesta segunda-feira (04). Apesar dessa informação, ainda não constar nos autos do processo divulgado nesta terça-feira (05).

 

A princípio, uma carta direcionada ao diretor da Casa de Prisão Provisória (CPP), foi encontrada no corredor após revista estrutural, supostamente escrita por um detento, trazendo na íntegra detalhes do crime. Relatando uma confissão de José Domingos, na morte do menino, além de revelar a participação da mãe e cunhado. 

 

“[...] disse que a própria mãe o ajudou a esquartejar e o cunhado dele também, ajudou no crime. Pois isso, os quatro dias para registrar o B.O, pois não sabiam onde esconder o corpo”, diz trecho da carta.

 

O Jornal Somos conversou em exclusividade com o advogado de defesa, Dr. Lindomberto Moraes, que contesta e pede provas sobre autenticidade dos fatos. 

 

Segundo o advogado, a defesa solicitou no dia 08 de feveiro, que câmeras de segurança do presídio fossem periciadas para identificar quem seria o autor delas. Mas, o pedido foi negado após a CPP informar que não haviam mais gravações, pois elas expiraram em 07 dias. 

 

A carta, contendo três pedaços de papel, foi encontrada no dia 20 de janeiro de 2024, próximo a uma cela. No dia 25 de janeiro, o registro é anexado aos autos do processo. 

 

A defesa também contou ao Jornal Somos, que já solicitou um exame grafotécnico na carta encontrada, já que não há possibilidade de registro das câmeras do circuito interno de segurança. O intuito do exame é identificar o autor do bilhete, a fim de saber se não é uma prova implantada para acusar o padrasto. 

 

O que chamou a atenção da defesa foram os inúmeros detalhes sobre o crime, que contradizem até a própria carta. 

 

“[...] ele não contou se usou um facão ou um machado, mas que cortou o Pedro Lucas em pedaços e ‘pois’ em uma mala e levou para mata na Vila Borges. Só que o braço e a cabeça ele disse que enterrou perto dos paletes, perto do córrego”, revela trecho da carta anônima. 

 

No dia 29 de janeiro, uma nova busca na região mencionada na carta foi realizada, contando com máquinas de escavação e cães farejadores. Porém, nada foi encontrado. 

 

As evidências de sangue identificadas na casa de Pedro Lucas, após perícia, comprovaram que o material colhido pela Polícia Técnico Científica, não era do garoto e nem dos moradores da residência.

 

O exame grafotécnico, deve ser aplicado aos detentos e servidores do presídio. Sem prazo de entrega dos resultados. 

Jornal Somos

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