quarta-feira, 10 de setembro de 2025
Foto: Reprodução
Na manhã desta terça-feira (9), durante o programa Papo Líder, da Rádio Líder 95 FM, os advogados Lindomberto Moraes e Felipe Vieira, responsáveis pela defesa de José Domingos Silva Santos, padrasto de Pedro Lucas, se manifestaram sobre o caso.
Segundo Lindomberto Moraes, a defesa acredita que Pedro Lucas ainda esteja vivo e reforça essa posição diante das investigações em andamento. O advogado também comentou sobre supostas irregularidades ocorridas na prisão:
“A defesa pediu que fosse juntado aos autos as imagens do circuito interno da unidade prisional. Não tem, não tem, ou não pôde ser juntado. Aquele cara foi torturado na unidade prisional”, afirmou.
Já o advogado Felipe Vieira destacou a ausência de provas concretas contra o padrasto de Pedro Lucas:
“Entre achar e condenar o José Domingos em um processo que pode levar mais de 30 anos de prisão, eu fico preocupado. Eu faço a pergunta: e se fosse o seu pai sendo acusado de um crime sem nenhuma prova de que ele cometeu? Pode ter sido ele, pode não ter sido também. Nós precisamos, a qualquer custo, achar um responsável?”
Felipe Vieira reforçou ainda a inexistência de elementos técnicos que liguem José Domingos ao desaparecimento:
“Querem condenar o José Domingos sem qualquer prova da participação dele. Para isso, precisaríamos, ao menos, de um vestígio de sangue, uma imagem de monitoramento que mostrasse ele carregando uma sacola ou algo semelhante. Mas não temos nada. Não há evidência, não há prova”.
Relembre o caso:
O desaparecimento do menino Pedro Lucas, ocorrido em 1º de novembro de 2023, em Rio Verde, completou mais de um ano e nove meses sem solução definitiva. Após longo período de investigações, a Polícia Civil afirma não ter dúvidas de que o crime foi cometido pelo padrasto da criança, mas, até agora, não houve denúncia formal do Ministério Público e o suspeito permanece em liberdade.
Pedro Lucas desapareceu após levar o irmão mais novo à escola. O caso só foi registrado quatro dias depois, em 5 de novembro, após uma denúncia anônima. Desde então, a investigação passou a tratar o sumiço como homicídio. Em dezembro de 2023, o padrasto foi preso temporariamente, e perícias foram realizadas na residência da família. Apesar de vestígios encontrados, nenhum laudo confirmou ligação direta com o menino.
Em janeiro de 2024, uma ossada localizada em uma região de mata chegou a levantar suspeitas, mas exames comprovaram que não se tratava da criança. Meses depois, em março, o suspeito foi colocado em liberdade por falta de provas conclusivas.
Agora, em 2025, o delegado regional Danilo Fabiano declarou que não há dúvidas quanto à autoria do crime, apontando o padrasto como responsável pela morte de Pedro Lucas. O inquérito foi encaminhado ao Judiciário, nas diligências complementares
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