quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Na manhã dessa quarta-feira (28), foi solucionado o caso da jovem de 19 anos assassinada no dia 23 de outubro. O autor já estava em prisão temporária desde o dia 6 de novembro, mas só agora foi finalizada a coleta de provas e investigação.
Conforme dados divulgados pela Polícia Civil, vítima e autor tinham um relacionamento amoroso secreto, onde ele dava presentes e dinheiro a ela. Eles se conheciam há cerca de quatro anos e o crime foi premeditado, ou seja, houve um planejamento do ato.
O assassino, motivado pelo não aceitamento do término causado pela mudança que a vítima faria com a sua família para outro estado, chamou a jovem para um último encontro, alegando que a presentearia com uma motocicleta. Ao chegar ao local, o autor, possesso, tirou a vida da vítima com uso de arma branca.
Durante a investigação, foi constatado que o homem estava no local do crime no momento do assassinato. Isso contraria o relato dele, de que estava no trabalho. A empresa em que ele trabalhavam consultada pela equipe de investigação, confirmou que ele não foi recrutado a trabalho e nem estava presente no horário do assassinato.
Também foram encontrados vestígios de sangue no carro do suspeito. Ele negou ter feito depósitos na conta da avó da jovem, destinados a ela, mas imagens da câmera de segurança registraram a entrada dele em agências bancárias no início de outubro e no dia 16 do mesmo mês, realizando depósitos que totalizaram R$ 700,00.
Ela residia em Maurilândia e visitava a avó e pai em Rio Verde quando precisava consultar o dentista. Relatos de testemunhas confirmaram que ele buscava a jovem na casa da avó paterna, levando-a para a sua casa. Um vizinho ainda afirmou que os viu se beijando uma vez. O homem mantinha o relacionamento dando presentes, celulares e pagando o tratamento odontológico da moça. A desculpa usada quando ele iria a buscar na casa da avó era de que ele estaria a levando para encontrar o seu filho, que era seu ex-namorado na época.
Em seus depoimentos iniciais, o assassino negava o seu envolvimento no crime e negava os depósitos, mas após o encontro dos dados bancários da avó na carteira do suspeito, ele mudou o seu discurso e passou a afirmar ter feito um depósito há um ano e um segundo depósito há pouco tempo para pagar os serviços de babá prestado pela garota.
A família ainda se encontra abalada com a situação. A mãe da garota pediu justiça, afirmou que sente raiva do assassino. O autor será indiciado pelo crime de feminicídio, com prisão de 12 a 30 anos. O laudo da investigação, com mais de 200 páginas, está sendo encaminhado à Justiça e em breve acontecerá o julgamento com definição da pena do autor do absurdo crime.
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