No dia 06 de janeiro de 2019, um senhor levava seu vizinho e duas crianças em seu carro de volta para casa após um passeio. Ao passar pela rotatória do Cristo Redentor, o motorista buzinou para um carro que estava atrapalhando a via. Neste carro estavam Priscila, quem dirigia e William, no passageiro. Os dois se sentiram muito ofendidos pela sinalização do outro carro, e então o homem sacou uma arma e disparou diversas vezes contra o outro carro.

Segundo o delegado Adelson Candeo, responsável pelo Grupo de Investigação de Homicídios, Priscila iniciou uma perseguição, tentando colocar seu carro ao lado do carro da vítima para que William pudesse acertar exatamente o condutor. “Durante esse trajeto, ela bateu o carro e os dois precisaram fugir a pé. Dos seis tiros disparados, dois atingiram o banco de trás do carro, onde estavam as crianças. Por sorte ninguém se feriu”, explicou o delegado.

Após o incidente, a vítima deu queixa na polícia. Dias depois, Priscila prestou uma queixa dizendo que seu carro havia sido furtado. “A descrição dos veículos batia, e tanto as vítimas, quanto as testemunhas que a viram fugir a pé com William, a reconheceram”, conta o delegado.

Agora Priscila e William estão em prisão preventiva, que pode ser renovada em 30 dias. Enquanto isso, o inquérito está sendo feito, e após pronto será enviado ao Ministério Público de Goiás, que irá passar o caso ao tribunal.

William é conhecido como “Gaúchinho” e tem passagens por estelionato, falsificação de documento público e homicídio qualificado. “Em 2016, após uma briga, William matou seu companheiro de crimes. Ficou em prisão preventiva em Campo Grande (MS), mas acabou sendo absolvido pelo júri”, revela o delegado Adelson.

Priscila era esposa de um tio de William que o ajudava nos crimes e faleceu a algum tempo. Ela é proprietária de um cabaré no Bairro Popular. Também tem passagens por estelionato e uma por furto. Ela também tem uma acusação da Delegacia da Mulher por ter mandado que sua mãe fosse torturada. “O rosto da mãe ficou desfigurado. Ela pediu que a torturassem na sua frente. No fim, jogaram seu corpo contra um carro em movimento na rodovia. As testemunhas acharam que era uma vítima de sequestro que havia conseguido escapar. A mãe sobreviveu e registrou a ocorrência”, disse o delegado.