quinta-feira, 29 de maio de 2025
Com alta acumulada de até 83% em 12 meses, produtos agropecuários essenciais pressionam o consumidor
Foto: Reprodução
Os preços de itens agropecuários fundamentais, como o café e a carne bovina, dispararam no Brasil, nos últimos 12 meses, segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) de maio. O café moído apresentou aumento de 83,2%, liderando o ranking das maiores elevações no período. A alta é explicada por condições climáticas desfavoráveis e oscilações no mercado internacional, fatores que afetam diretamente a oferta e os custos da principal commodity agrícola brasileira. O maior impacto no mês veio da energia elétrica residencial (1,68%), enquanto o grupo de alimentação e bebidas passou de 1,14% em abril para 0,39% neste mês.
No setor de proteínas, cortes populares da carne bovina também tiveram reajustes expressivos: acém (28,27%), alcatra (25,98%), patinho (25,41%), contrafilé (24,17%) e filé-mignon (23,83%). A valorização reflete o impacto do custo de produção, alimentação animal e a crescente demanda tanto no mercado interno quanto no externo. No hortifruti, a tangerina teve um aumento de 32,84%, sendo o segundo item na lista de produtos mais caros anunciados.
“A inflação, normalmente mensurada pelo IPCA, tem um impacto profundo na vida do consumidor, fazendo com que cada real valha menos do que antes, obrigando todos a repensar prioridades e a se adaptar a um novo cenário econômico em que a estabilidade financeira se torna um objetivo cada vez mais distante”, destaca o educador financeiro Fernando Lamounier.
Embora o índice geral de preços tenha registrado alta moderada de 0,36% em maio, os produtos do agronegócio continuam puxando a inflação de alimentos. O cenário acende um alerta para produtores, cooperativas e formuladores de políticas públicas: é preciso investir em resiliência climática, tecnologia no campo e estratégias de regulação de mercado para preservar a competitividade do setor e garantir o abastecimento doméstico.
“Com a crescente preocupação dos consumidores em relação ao aumento dos preços, principalmente de alimentos, é crucial estar atento às futuras oscilações no mercado. Com o aumento do IPCA, o encarecimento de produtos essenciais pode se prolongar. Para enfrentar esse cenário, além de repensar as prioridades de consumo, uma dica prática é criar um fundo de emergência específico para a possível variação com as despesas com alimentação, separando mensalmente uma pequena porcentagem extra da renda para evitar ser pego de surpresa com a alta de preços.”, pontua o educador.
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