quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
A Brasil Foods (BRF) fará anulação de contrato com mais de 164 núcleos de frango de corte no país, a justificativa é que devido ao fechamento do mercado externo e em vista dos reflexos da Operação Carne Fraca, o número de núcleos existentes não é mais necessário, sendo então reorganizados para que reduza os custos. Em Rio Verde são mais de 40 núcleos, além de 164 galpões, com quase 23 mil aves, produzindo então mais de 65 milhões de quilos de frango por ano.
Além disso, haverá também a diminuição no quadro de funcionários, afetando direta ou indiretamente aproximadamente 1900 empregos. Os órgãos competentes, Aginterp, Agigo, Coopersag, Coopercarne, Secretaria de desenvolvimento, o Sindicato rural e a ACIRV reuniram-se para discutir uma solução para a cidade. Uma das soluções apontadas é a de criação de uma cooperativa na cidade que ficaria responsável pela comercialização e distribuição da carne, atendendo as necessidades dos frigoríficos.
Operação Carne Fraca
A operação foi deflagrada pela Polícia Federal e teve início no dia 17 de março de 2017 e investiga as maiores empresas do ramo JBS, dona das marcas Seara, Swift, Friboi e Vigor, e a BRF, dona da Sadia e Perdigão , acusadas de adulterar a carne que vendiam nos mercados interno e externo. As mais de 30 empresas são acusadas de comercializar carne estragada, mudar a data de vencimento, maquiar o aspecto e usar produtos químicos para revender.
O lado humano
São pessoas que perderam sua renda, de uma mega estrutura instalada na propriedade que não tem muita cerventia, a informação é de que não vai parar por aí, mais produtores serão desligados, mais integrados. O alerta é para toda sociedade fazer algum tipo de manifestação para que isso não tome proporção maior.
''O Sindicato foi procurado e tem a preocupação em apoiar essas pessoas, para que isso não tenha um final trágico, eu acredito que se for quebra de contrato, tem pelo menos indenização'', disse o presidente do Sindicato Rural de Rio Verde, Luciano Guimarães.
O problema mais grave é que quem terminou o pagamento de financiamento foram os primeiros a serem afetados pela quebra de contrato. Ou seja, os primeiros que chegaram para ajudar o desenvolvimento da empresa serão os primeiros a serem afetados negativamente também.
Entramos em contato com a BRF , Acirv e Secretaria de Desenvolvimento, solicitando uma nota oficial de cada, mas até a conclusão dessa matéria não houve resposta.
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