quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Segundo a Federação de Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG), o valor do litro em agosto foi de R$ 1,44. A preocupação fica em que normalmente nesta época de entressafra os valores costumam ter uma melhor valorização. No mesmo período de 2018 o valor era de R$ 1,78.
Nivaldo Gonçalves de Oliveira, presidente da Proleite e diretor do Sindicato Rural de Rio Verde afirma que é um tanto quanto complicado falar de preço de mercado agora. “A indústria está jogando nosso valor para baixo e acreditamos em um cartel, no sentido de melhorar a margem de lucro deles dentro da atividade. Nós tivemos um aumento de custo significativo e na gondola do supermercado, o consumidor está pagando o mesmo preço de antigamente”, descreve ele.
O Sindicato das Indústrias de Laticínios de Goiás afirma, em matéria publicada pelo jornal O Popular, que a queda foi motivada pela redução no consumo e também pela grande quantidade de leite estocado.
A preocupação só fica maior ainda, diante da atual seca vivida em regiões do Estado, que passam dos 100 dias sem ter nenhuma chuva. O produtor de Leite da região, Matheus Rodrigues, conta que essa é uma época que já vem com mais gastos. “Sem as chuvas, a pastagem está seca demais e para alimentar o gado tem que comprar silo e ração, então nossos gastos ficam bem maiores”, justifica.
Nivaldo ainda completa que em um levantamento feito por entidades ligadas ao setor lácteo, o leite com qualidade boa e volume acima de 3.000 litros estava a R$1,80 em maio e atualmente está R$1,38. “Chegou-se à conclusão que o leite deveria estar custando o mesmo que praticado em maio, isso se considerando o preço final”, e conclui: “A indústria está estabelecendo margem mais generosa para ela”.
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