Um grupo de alunas da escola EMEF Dr. Checo Edsel Emrich Portilho, realizou na manhã desta sexta-feira (27), uma apresentação em comemoração ao Dia Nacional do Surdo, para homenagear uma de suas alunas do 5º ano do ensino fundamental, a Ystefani Lopes, de 10 anos, que é deficiente auditiva.

Intérprete de Ystefani, a professora Eliane Correa, selecionou as alunas Vitória, Mariana, Isabela e Ana Luisa, para juntas realizarem uma interpretação da música "Tempo de Alegria" de Ivete Sangalo, que foi apresentada através da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). “Procuramos através da música que fala de alegria, expor a emoção e importância da língua de sinais que é o meio de comunicação de um surdo”, explicou a intérprete, que acredita que se todos aprenderem a se comunicar através de LIBRAS, quebrará as barreiras de comunicação de um deficiente auditivo, o inserindo na sociedade.

Eliane também comentou a escolha da música. “Escolhemos essa música, porque na letra dela é abordado sobre alegria, mostrando que existem tempos bons na vida. Uma bela mensagem que podemos trazer para a nossa realidade”.  

A intérprete conta que a dedicação das colegas de Ystefani em aprender os sinais da letra da música foi fundamental para o sucesso da apresentação. “Tivemos alguns ensaios, com muita dedicação das meninas, que procuraram ensaiar até em suas casas, que foi muito importante, porque para passarmos a mensagem a um surdo, é necessário usar a expressão facial para poder transmitir a emoção do que está sendo dito, e elas se dedicaram bastante nessa parte”.

A apresentação foi feita para toda a escola, incluindo alunos de outras turmas, professores e demais funcionários, situação que para Eliane é muito importante para a socialização da criança, tendo em vista que ela é um pouco tímida e necessita que os colegas a ajudem “quebrar o gelo”.

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— Jornal Somos (@JornalSomos) September 27, 2019

Devido a presença de Ystefani na turma, todos os alunos recebem uma vez na semana, a aula de LIBRAS, para facilitar na socialização da menina junto aos colegas e aperfeiçoar os demais na comunicação com deficientes auditivos. A diretora da escola, Eva Ilda, disse que a presença de uma surda na escola, é um desafio para a instituição, no sentido de proporcionar a integração dela junto aos demais colegas e também a aceitação deles, entendendo que são crianças e que a situação pode ser muito fora de realidade para alguns, e por isso a escola procura sempre incentivar os alunos a aprenderem a língua de sinais.