segunda-feira, 19 de maio de 2025
Imagem: Divulgação
Quem em um momento de dificuldade financeira não recorreu ao dinheiro fácil oferecido pela operadora de cartão de crédito e acabou numa dívida impagável? Muita gente né?
Acontece que os juros do rotativo do cartão de crédito chegam às vezes aos exorbitantes 450% ao ano. Ninguém consegue pagar um juro desses. Para tentar amenizar essa situação, a Câmara dos Deputados aprovou na terça-feira (5/9) o projeto de lei que fixa o teto de 100% para os juros do rotativo do cartão de crédito – cobrados quando o consumidor não paga o valor total da fatura. A aprovação se deu de forma simbólica, ou seja, não houve contagem de votos. Somente o partido Novo se manifestou contra a medida. O texto agora segue para o Senado.
Atualmente, o juro cobrado pelo rotativo do cartão de crédito passou de 437% para 445,7% ao ano, um aumento de 8,7 pontos percentuais de junho para julho.
A proposta foi criticada pela Febraban. A entidade disse que o limite de 100% poderia reduzir a oferta de crédito. A Federação também critica o modelo de negócio das “maquininhas independentes” e defende o reequilíbrio da dinâmica do cartão de crédito. Segundo a entidade, as maquininhas se apropriam da receita de juros da cadeia e “induzem endividamentos que se eternizam”. As empresas independentes rejeitam as alegações.
O nível de endividamento das famílias brasileiras caiu em agosto, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O índice caiu de 78,1% para 77,4%, menor nível desde junho de 2022. Apesar da queda na proporção de endividados, a inadimplência, ou seja, pessoas com contas atrasadas cresceram. No mês passado, 30% dos brasileiros estavam inadimplentes – meio ponto percentual a mais que no mês anterior.
Segundo o levantamento, 12,7% dos entrevistados afirmam que não vão conseguir pagar as contas atrasadas, ou seja, continuarão inadimplentes. O percentual é o maior da série histórica iniciada em janeiro de 2010. De acordo com a CNC, o cartão de crédito ainda é o maior vilão do orçamento de 85,5% das famílias brasileiras. O crédito facilitado pelo cartão é pra ser usado numa emergência e dentro de uma programação de pagamento que será realizada e não deve ser usado para bancar mordomias desnecessárias. O ideal é não se deixar levar pela armadilha do crédito fácil e depois se vê numa bola de neve impagável.
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