quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
A vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais dos Estados Unidos foi confirmada, nesta madrugada de quinta-feira (7), pelo Congresso americano, em meio à forte pressão de apoiadores extremistas do atual presidente Donald Trump, que fizeram manifestações e chegaram a invadir o Capitólio (sede do Congresso dos EUA), o que fez com que a sessão de ratificação fosse paralisada por algumas horas. O democrata tomará posse no dia 20 de janeiro.
Na retomada da sessão que confirmou a conquista de Biden, o vice-presidente americano e presidente do Senado dos EUA, Mike Pence, afirmou que o mundo iria ver a força da democracia do país. “Para aqueles que causaram estragos em nosso Capitólio hoje: vocês não ganharam. A violência nunca vence. A liberdade vence. Ao nos reunirmos novamente nesta câmara, o mundo testemunhará novamente a resiliência e a força de nossa democracia. E esta ainda é a casa do povo. Vamos voltar ao trabalho”, disse em seu discurso de reabertura.
Após a ratificação, Trump se manifestou, falando em “transição ordeira”. “Mesmo que eu discorde totalmente do resultado da eleição, e os fatos me confirmem, haverá uma transição ordenada em 20 de janeiro (...) Embora isso represente o fim do maior primeiro mandato da história presidencial, é apenas o começo de nossa luta para tornar a América grande de novo”, afirmou o republicano ao reconhecer sua derrota para Biden.
Manifestações e invasão
As manifestações e a consequente invasão foram iniciadas após Donald Trump dizer, à uma multidão em Washington, que não iria aceitar a derrota, incitando as pessoas a caminharem ao Capitólio, dizendo que iria acompanha-las (porém ele não foi visto na marcha). “Eu estarei com vocês. Vamos andar até o Capitólio e felicitar nossos bravos senadores e congressistas. Nós vamos parar com o roubo [das eleições]”, discursou o republicano.
A invasão dos extremistas ocorreu enquanto a Câmara e o Senado discutiam sobre acatar, ou não, uma objeção relativa aos resultados dos votos no Arizona. Os senadores e deputados precisaram ser retirados do local da sessão, sendo conduzidos à uma área segura do prédio, enquanto o vice-presidente, Mike Pence, que estava presidindo a sessão no Congresso, foi retirado do Capitólio.
Foi constatada a presença de armamento entre os invasores, bem como a realização de vandalismo. Sendo a polícia, 4 pessoas morreram durante os confrontos, enquanto 52 foram presas e 14 policiais ficaram feridos. Foi necessário o acionamento de aproximadamente 1,1 mil soldados da Guarda Nacional, além do decreto de toque de recolher na capital americana, efetuado pela prefeita de Washington.
Pedido de retirada
Diante da situação, o presidente eleito dos EUA, Joe Biden, se pronunciou, pedindo que Trump fosse à TV e ordenasse que os invasores se retirassem do Capitólio, assegurando que as ocorrências não refletem a verdadeira América, bem como não representam a população.
“A esta hora, nossa democracia está sob um ataque sem precedentes. Diferente de tudo que vimos nos tempos modernos. Um ataque à cidadela da liberdade, o próprio Capitólio. Um ataque aos representantes do povo e à polícia do Capitólio, que jurou protege-los. E os funcionários públicos que trabalham no coração de nossa República. O que estamos vendo é um pequeno número de extremistas dedicados à ilegalidade. Esta desordem, esse caos – isso tem de acabar, agora”, afirmou o democrata.
Horas depois, apesar de ainda afirmando que a eleição foi roubada, Trump pediu que seus apoiadores saíssem da sede do Congresso, determinando, por meio de um vídeo divulgado em redes sociais, que os extremistas voltassem para casa.
“Conheço sua dor. Tivemos uma eleição que foi roubada de nós. Vocês têm de ir para casa. Precisamos ter paz, precisamos ter lei e ordem e precisamos respeitar nosso grande pessoal de lei e ordem. Não queremos ninguém ferido”, discursou o republicano.
(Com informações do G1)
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