quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Vacina da Índia é aprovada para uso emergencial e clínicas brasileiras negociam compra de 5 milhões de doses

POR | 04/01/2021
Vacina da Índia é aprovada para uso emergencial e clínicas brasileiras negociam compra de 5 milhões de doses

Redação Jornal Somos

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O imunizante produzido pela Índia, chamado de Covaxin, foi aprovado para uso emergencial pelas autoridades daquele país neste domingo (3). Apesar de ainda necessitar de autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser utilizado no Brasil, a Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC) já informou, também no domingo, que está negociando com o laboratório indiano Bharat Biotech a compra de cinco milhões de doses do imunizante contra a Covid-19.

 

 

A etapa em que a vacina da Índia se encontra é a três, onde a eficácia é verificada. Até o momento, os estudos clínicos demonstraram que não foram gerados efeitos colaterais graves pelo imunizante, bem como que ele produziu os anticorpos para o novo coronavírus. Diante disso, a utilização emergencial foi autorizada, mesmo em meio a críticas quanto à falta de informações sobre os efeitos.

 

 

De acordo com Geraldo Barbosa, presidente da ABCVAC, a expectativa é que o resultado da última fase do imunizante indiano saia ainda neste mês de janeiro e que, se confirmada a eficácia, o laboratório entrará com pedido de registro definitivo na Anvisa em fevereiro. Seguindo esta previsão e em um cenário otimista, esta vacina estaria disponível em clínicas particulares brasileiras na segunda quinzena de março.

 

 

O laboratório indiano, Bharat Biotech, e a ABCVAC, já assinaram um memorando de intenção. Nesta segunda-feira (4), uma comitiva de brasileiros viajará para a Índia afim de conhecerem de forma aprofundada o imunizante e a fábrica da empresa.

 

 

No país de origem da vacina, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, afirmou que aprovação concedida foi uma “virada no jogo” da Covid-19. Por outro lado, os especialistas em saúde alertaram que a ação se trata de uma medida apressada. Para a entidade independente de vigilância de saúde All India Drug Action Network, existem “preocupações significativas decorrentes da ausência de dados de eficácia” e uma ausência de transparência, que “levantaria mais perguntas do que respostas e provavelmente não reforçaria a fé em nossos órgãos de decisão científica”.

 

 

Segundo o controlador-geral de medicamentos da Índia, V. G. Somani, a Covaxin é “segura e fornece uma resposta imunológica robusta”, e que os efeitos colaterais de “febre baixa, dor e alergia são comuns a todas as vacinas”. Ainda para ele, os imunizantes foram aprovados para utilização restrita no “interesse público como uma precaução, em modo de ensaio clínico, para ter mais opções de vacinação, especialmente no caso de infecção por cepas mutantes”.

 

 

(Com informações do G1)

 

 

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