quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
No oitavo dia de guerra entre Rússia e Ucrânia, a Organização das Nações Unidas (ONU) constatou a existência de 1 milhão de refugiados ucranianos. Além disso, outro acontecimento relevante foi o da tomada da cidade ucraniana de Kherson pelas tropas russas, fato que foi confirmado pelo prefeito do local. Agora, a atenção do conflito se volta ao sul ucraniano, uma vez que os russos estão avançando para as cidades portuárias de Mariupol e Odessa, que se encontram em risco de ataques.
Entre as diversas consequências da guerra, a quantidade de pessoas refugiadas alerta as autoridades. Já com 1 milhão de refugiados, a previsão é que esse número chegue à 4 milhões (o que equivale a 10% da população da Ucrânia) se os confrontos permanecerem, conforme informado pelo alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).
O cenário aponta para a pior crise humanitária da Europa em um século, uma vez que a última ocorrência desta ocorreu com os refugiados da Síria e de outros países do Oriente Médio e Norte da África, que em 2015, no momento de pico de evasão, foram 1,3 milhão de pessoas pedindo asilo na Europa.
“Em apenas sete dias, um milhão de pessoas fugiram da Ucrânia, arrancadas de suas raízes por esta guerra sem sentido (...) Trabalhei em emergências de refugiados por quase 40 anos e raramente vi um êxodo tão rápido quanto este”, afirmou o italiano Filippo Grandi, Alto Comissário da Acnur, nesta quinta-feira (3).
Quanto ao avanço da guerra, a tomada de Kherson na quarta-feira (2) foi a primeira grande dominação de território realizada pelos russos desde o início da guerra. A cidade ucraniana possui aproximadamente 300 mil habitantes. “Não há exército ucraniano aqui. A cidade está cercada”, afirmou o prefeito em entrevista, conforme revelou o New York Times. Anteriormente, a Rússia havia reivindicado o controle da cidade, mas o prefeito negou a informação – situação que foi revertida um tempo depois. Atualmente, são as cidades de Mariupol e Odessa que estão na mira das tropas russas.
Apesar dos conflitos, ainda há a expectativa para uma nova rodada de negociações entre os países. O ato de rendição é descartado pela Ucrânia, que exige um cessar-fogo e a retirada das tropas russas de seu território. A reunião desta quinta-feira (3) será o segundo encontro entre as delegações russas e ucranianas, que se encontraram pela primeira vez na segunda-feira (28).
(Com informações do Exame, da UOL e da CNN Brasil)
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