quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
A Uber alega não ter responsabilidade criminal por um acidente ocorrido em março de 2018 no estado americano do Arizona, no qual um dos carros autônomos da empresa atropelou e matou um pedestre, disseram promotores.
O promotor do condado de Yavapai disse em comunicado que não há base para responsabilidade criminal para a Uber, mas que a motorista de apoio, Rafaela Vasquez, deve ser encaminhada à polícia de Tempe, para a investigação adicional.
A medida dos promotores de não acusar a Uber remove uma possível “dor de cabeça” para a empresa, já que os executivos da companhia tentam resolver uma longa lista de investigações federais, processos judiciais e outros riscos legais.
O acidente envolveu um veículo utilitário esportivo que a Uber estava usando para testar a tecnologia de direção autônoma. O acidente fatal foi um contratempo do qual a empresa ainda não se recuperou, os testes em veículos autônomos estão reduzidos. Vasquez, a motorista envolvida no acidente, pode ser acusada de homicídio veicular, segundo um relatório da polícia. Vasquez não se pronunciou.
De acordo com vídeos de dentro do carro, a polícia afirmou que a motorista assistia a um streaming do programa The Voice no celular até o minuto da colisão. Vasquez só olhou para a direção meio segundo antes de atingir Elaine Herzberg, que morreu em consequência dos ferimentos.
A polícia descreveu a tragédia como “totalmente evitável”. Em março do ano passado, as autoridades do Arizona suspenderam a licença da Uber para testar carros autônomos. Também suspendeu todo seu programa de testes e deixou o Arizona. Em dezembro a empresa voltou e disse que fará melhorias no software dos veículos.