terça-feira, 08 de abril de 2025

Trump ameaça elevar tarifas em 50% após resposta da China e aumenta tensão do mercado global

POR Marcos Paulo dos Santos | 07/04/2025
Trump ameaça elevar tarifas em 50% após resposta da China e aumenta tensão do mercado global

Foto: Reprodução

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a subir o tom na guerra comercial com a China. Nesta segunda-feira (7), ele ameaçou aplicar um aumento de 50% nas tarifas sobre produtos chineses, caso Pequim não recue da decisão de taxar em 34% as importações americanas — uma retaliação direta ao pacote tarifário imposto pelos EUA.

 

“Se a China não retirar seu aumento de 34% sobre seus abusos comerciais de longa data até amanhã, 8 de abril de 2025, os Estados Unidos aplicarão tarifas adicionais de 50%, com efeito a partir de 9 de abril”, publicou Trump em sua rede social.

 

Além disso, Trump anunciou a suspensão de todas as negociações com autoridades chinesas. “As reuniões solicitadas pela China estão canceladas. Já as tratativas com outros países interessados começarão imediatamente”, afirmou.

 

Em publicações anteriores, o presidente americano incentivou seus aliados a manterem firmeza nas decisões. “Não seja fraco, não seja estúpido! Seja forte, corajoso e paciente — e a grandeza será o resultado!”, escreveu, criticando opositores que classificou como integrantes do “partido dos panicanos”.

 

Mercados em alerta: bolsas recuam e dólar dispara

 

A ameaça de novas tarifas agravou o clima de instabilidade nos mercados financeiros. As principais bolsas globais caíram pelo terceiro dia consecutivo, refletindo o temor de uma escalada no conflito entre as duas maiores potências econômicas do mundo.

 

Na Europa, o Euro Stoxx 50 caiu 4,31%. Nos EUA, por volta das 13h15, o Dow Jones recuava 2,17%, o S&P 500 caía 1,70% e o Nasdaq registrava baixa de 1,59%. No Brasil, o Ibovespa acompanhou a tendência e recuava 0,36%, alcançando 126.803 pontos. O dólar comercial disparou e atingiu R$ 5,93 na máxima do dia.

 

Uma breve recuperação dos índices americanos ocorreu mais cedo, impulsionada por rumores de uma possível trégua tarifária de 90 dias para países fora da China, sugerida por Kevin Hassett, assessor econômico da Casa Branca. No entanto, a própria Casa Branca desmentiu a informação, e os mercados voltaram a cair.

 

Troca de tarifas e agravamento da crise

 

A tensão entre os países aumentou após Trump anunciar uma tarifa de 34% sobre todas as importações chinesas. Como resposta, o governo chinês prometeu aplicar a mesma taxa sobre produtos dos EUA a partir de quinta-feira (10).

 

Trump criticou duramente a retaliação de Pequim, dizendo que era “a única coisa que não podia ser feita” e prometeu medidas ainda mais duras. “A China terá que pagar muito dinheiro se quiser suspender as tarifas. Às vezes, é preciso tomar um remédio amargo para consertar algo”, declarou.

 

A escalada nas tensões reacende o temor de uma guerra comercial prolongada, com impactos diretos sobre o comércio global, inflação e crescimento econômico mundial.

 

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