sexta-feira, 26 de abril de 2024

Testes da vacina de Oxford contra a Covid-19 foram suspensos após efeito adverso em voluntário

POR Ana Carolina Morais | 09/09/2020
Testes da vacina de Oxford contra a Covid-19 foram suspensos após efeito adverso em voluntário

Banco de Imagem Governo do Brasil

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As testagens da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford juntamente à farmacêutica AstraZeneca foram suspensas, temporariamente, após um dos voluntários no Reino Unido apresentar reação adversa possivelmente relacionada à imunização.

 

 

O anúncio foi realizado nesta terça-feira (8) pela farmacêutica, que não divulgou mais detalhes. Entretanto, o jornal “The New York Times” afirmou que o voluntário teve mielite transversa, uma síndrome inflamatória que afeta a medula espinhal.

 

 

A paralisação nos estudos também é válida para o Brasil, conforme informou a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), uma das responsáveis pelos testes no país. Segundo a Unifesp, 5 mil voluntários brasileiros já receberam a vacina e “não houve registro de intercorrências graves de saúde”.

 

 

De acordo com a AstraZeneca, o “procedimento padrão de revisão” dos estudos foi acionado e a imunização foi pausada de forma voluntária para proporcionar “a revisão dos dados de segurança por um comitê independente”.

 

 

“Esta é uma ação rotineira que deve acontecer sempre que for identificada uma potencial reação adversa inesperada em um dos ensaios clínicos, enquanto ela é investigada, garantindo a manutenção da integridade dos estudos. (...) Em grandes ensaios, os eventos adversos acontecem por acaso, mas devem ser revistos de forma independente para verificar isso cuidadosamente. Estamos comprometidos com a segurança de nossos participantes e os mais altos padrões de conduta em nossos testes”, relatou a farmacêutica, em nota.

 

 

A vacina de Oxford é a principal aposta do Ministério da Saúde (MS) para os brasileiros, sendo previsto um gasto de R$ 1,9 bilhão com a imunização, sendo R$ 1,3 bilhão à farmacêutica, R$ 522,1 milhões na produção das doses pela Fiocruz/Bio-Manguinhos e R$ 95,6 milhões para a absorção da tecnologia pela Fiocruz.

 

 

Atualmente, além do imunizador de Oxford, outras oito vacinas estão na terceira e última fase de testes em humanos, etapa final anterior à liberação, são elas: Janssen Pharmaceutical Companies (EUA); Moderno/Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (EUA); BioNTech/Fosun Pharma/Pfizer (Alemanha e EUA); Sinovac (China); Instituto de Produtos Biológicos de Wuhan/Sinopharm (China); Instituto de Produtos Biológicos de Pequim/Sinopharm (China); CanSino Biological Inc./Instituto de Biotecnologia de Pequim (China); Instituto de Pesquisa Gamaleya (Rússia).

 

 

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