sábado, 23 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse ontem, quinta feira (16/07), durante uma Live sobre Agronegócios que o Brasil ainda está aguardando que a China habilite novos frigoríficos brasileiros para exportar carnes para lá. Já que, segundo a fala dela, com a pandemia, isso ficou em segundo plano.
A ministra reconheceu que a China atualmente está mais preocupada em prevenir novas contaminações de Covid-19 em seu território, daí o cuidado redobrado nas importações de proteína animal pelo país asiático. Sobre isso inclusive ontem, a Agência Reuters publicou matéria afirmando que uma fonte afirmou que o governo chinês pediu ao Brasil que suspenda as exportações de mais duas plantas frigoríficas devido a preocupações com novos surtos de coronavírus em unidades de processamento de alimentos no país. Até o momento já foram bloqueados 06 unidades no Brasil e caso a solicitação seja confirmada, as suspensões totalizarão oito unidades. As novas unidades, de acordo com a mesma reportagem, são uma que produz carne bovina e a outra processa aves, mas nenhum dos nomes foram divulgados.
A ministra comentou também sobre os casos de coronavírus detectados em funcionários de frigoríficos brasileiros.
“Nesses locais há mais gente trabalhando, e, apesar de os frigoríficos estarem cumprindo todos os protocolos, não estamos tendo muita ajuda por causa da reverberação negativa, de que existem muito mais pessoas contaminadas nas plantas”, disse. “Isso não é verdade; os frigoríficos estão testando muitas pessoas, então surgem naturalmente mais casos. Se não testassem talvez não houvesse toda essa reverberação negativa em cima do setor.”
Ela reafirmou, também, que “não há comprovação científica” de que a covid-19 possa ser transmitida por meio dos alimentos.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) disse que a indústria está tomando precauções e adotou protocolos em 12 de março para combater a propagação do vírus nas unidades. A entidade ainda contestou dados divulgados por promotores de trabalho sobre surtos em fábricas.
"O vírus não nasceu no frigorífico. Demonizou-se os frigoríficos", disse o presidente da ABPA, Francisco Turra, em entrevista coletiva nesta quarta-feira.
Ele afirmou que usar apenas testes rápidos para avaliar as infecções nas plantas de carne distorceu a realidade, pois estes não são tão precisos quanto os testes moleculares de PCR. O governo brasileiro solicitou que as autoridades chinesas revertessem as proibições oficialmente, disse Turra, acrescentando que as suspensões eram injustificadas.
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