sábado, 06 de julho de 2024

Terapia contra câncer de pele que usa técnica da vacina para Covid deve ficar pronta neste ano, dizem empresas

POR Jornal Somos | 23/10/2022
Terapia contra câncer de pele que usa técnica da vacina para Covid deve ficar pronta neste ano, dizem empresas
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A Moderna, fabricante de uma das vacinas para a Covid-19, junto com a empresa Merck MSD anunciou que estão sendo concluídos os testes clínicos para desenvolvimento de uma imunoterapia contra o melanoma, um tipo de câncer de pele com alta letalidade. O resultado irá finalizar a fase 2 da pesquisa e caso seja positivo, o estudo segue para a terceira e última fase. 

 

O tratamento tem a mesma tecnologia que o imunizante da Covid-19 possui, ele utiliza o RNA mensageiro (RNAm), que atua estimulando as células do corpo a produzir determinada proteína capaz de combater a doença.

 

O imunizante é voltado para pacientes com melanomas de alto risco, e apesar de ser chamado de vacina, possui um conceito diferente, é considerado como uma terapia, pois o objetivo é prevenir o avanço ou reincidência de um tipo específico de câncer já diagnosticado anteriormente, não necessariamente imunizando o paciente contra a doença. O foco é potencializar o sistema imunológico.

 

"As vacinas personalizadas contra o câncer são projetadas para preparar o sistema imunológico para que um paciente possa gerar uma resposta antitumoral personalizada à sua assinatura de mutação tumoral para tratar seu câncer. O mRNA-4157/V940 é projetado para estimular uma resposta imune gerando respostas de células T com base na assinatura mutacional do tumor de um paciente", diz o comunicado oficial emitido pela Merck.

 

A personalização da terapia envolve a coleta laboratorial de antígenos específicos do câncer de cada paciente, resultando em um tratamento individual que induz a produção de células T (células com funções imunológicas) para combater o tumor.

 

Chamado de Keynote-942, o estudo de Fase 2 envolveu 157 pacientes com melanoma de alto risco. Após a retirada cirúrgica do local acometido pelo câncer, os pacientes foram divididos em dois grupos. Um deles foi submetido a imunoterapia com o mRNA-4157/V940 (9 doses a cada três semanas), e o outro ao tratamento com Keytruda (200 mg a cada três semanas), remédio padrão de tratamento para os pacientes oncológicos dessa categoria.

 

 

*Matéria produzida voluntariamente por Eduarda Lima e supervisionada pela jornalista Camilla Paes

 

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