A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria, nesta sexta-feira (25), para condenar uma cabeleireira acusada de participar dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. A mulher também foi responsável por pichar a frase "Perdeu, mané" na estátua A Justiça, em frente ao prédio do STF.

O julgamento foi retomado após pedido de vista do ministro Luiz Fux. Até agora, o placar é de 4 a 0 pela condenação, restando apenas o voto da ministra Cármen Lúcia.

A pena ainda será definida. O relator, Alexandre de Moraes, e o ministro Flávio Dino sugeriram 14 anos de prisão pelos crimes de abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Já Cristiano Zanin votou por 11 anos de prisão, enquanto Luiz Fux propôs uma pena mais branda: um ano e seis meses apenas pelo crime de deterioração de patrimônio, absolvendo-a dos crimes contra a democracia.

Segundo Fux, a única prova nos autos é a presença da ré na Praça dos Três Poderes e a pichação na estátua. O julgamento ocorre no plenário virtual da Primeira Turma e a votação seguirá aberta até 6 de maio.

Prisão Domiciliar

No mês passado, a cabeleireira deixou a prisão após decisão de Alexandre de Moraes que concedeu prisão domiciliar. Ela cumpre a medida em Paulínia (SP), com uso de tornozeleira eletrônica, sem acesso a redes sociais ou contato com outros investigados. Caso desrespeite as regras, poderá voltar ao presídio.

Com informações de Agência Brasil.