O Vaticano e a cidade de Roma estarão sob um esquema de segurança intensificado neste sábado (26), data marcada para o funeral do Papa Francisco. A cerimônia, que deve reunir mais de 200 mil pessoas na Praça de São Pedro, mobiliza milhares de agentes, tecnologia avançada e restrições de tráfego aéreo e terrestre.

Ação integrada de forças de segurança

Cerca de 4 mil profissionais estarão envolvidos na operação, incluindo carabineiros, polícia local e outras unidades de segurança pública. Segundo a imprensa italiana, só a cidade de Roma deverá empregar 2 mil policiais, somando-se aos 2 mil já destacados pelas forças armadas.

A vigilância será reforçada com o uso de snipers posicionados em pontos elevados, além de equipamentos antidrone, que neutralizam aeronaves não tripuladas ao interferir em seus sinais de controle. Detectores de metais, varreduras com cães farejadores e barreiras de contenção também fazem parte do aparato montado ao redor da Praça de São Pedro.

Área isolada e acesso restrito

A região próxima ao Vaticano será isolada até o fim da cerimônia, com controle rigoroso sobre o fluxo de pessoas e veículos. Uma zona de exclusão aérea também foi decretada sobre Roma, restringindo voos comerciais e privados nas imediações.

As vias adjacentes estarão bloqueadas e a circulação ficará limitada às autoridades credenciadas e moradores. O cortejo fúnebre, que levará o corpo de Francisco até a Basílica de Santa Maria Maior, exigirá atenção redobrada, já que o trajeto atravessa cerca de 4 km entre o Vaticano e o bairro Esquilino, do outro lado do rio Tibre.

Aeroportos em ritmo especial

Os dois principais aeroportos da capital italiana — Fiumicino e Ciampino — funcionam com protocolos de segurança elevados. A expectativa é de que aproximadamente 1,8 milhão de passageiros transitem pelos terminais entre os dias 17 e 27 de abril, com destaque para a chegada das delegações internacionais, estimadas em mais de 130.

Grande despedida a um líder global

A cerimônia está marcada para as 5h da manhã no horário de Brasília (10h no horário do Vaticano). O evento representa não só um momento de luto para o mundo católico, mas também uma mobilização sem precedentes, reunindo líderes religiosos, chefes de Estado e fiéis de diversas nacionalidades para prestar a última homenagem ao pontífice que marcou sua época.