quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
A vacina contra à Covid-19 produzida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, teve seus resultados preliminares divulgados nesta segunda-feira (20), onde foi indicado que ela é segura e induziu resposta imune no corpo dos voluntários. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), esta imunização é a mais adiantada entre todas que estão em pesquisa.
“A nova vacina usa um vírus do resfriado comum (adenovírus) que infecta chimpanzés, que foi enfraquecido para não causar nenhuma doença em humanos e é geneticamente modificado para codificar a proteína spike (S) do Sars-CoV-2 (aquela que o coronavírus usa para invadir as células humanas). Isso significa que, quando o adenovírus entra nas células das pessoas vacinadas, ele também fornece o código genético da proteína S, e ajuda a ensinar o sistema imunológico a reconhecer o vírus Sars-CoV-2”, explanou Andrew Pollard, professor de pediatria na Universidade de Oxford
O resultado divulgado é referente às duas primeiras fases e a terceira etapa já está em testagem em diversos países, inclusive no Brasil. Ainda não é possível concluir se, de fato, uma pessoa exposta ao novo coronavírus fica imune à doença com a vacina, pois esse resultado foi obtido em laboratório.
Para uma conclusão quanto a real eficácia é preciso que sejam feitos mais testes em um número grande de pessoas, resposta que só será obtida após a finalização da terceira fase. “Precisamos de uma amostra maior para determinar completamente a segurança”, comentou Pollard.
Participaram dos testes 50 mil pessoas em todo o mundo, e 10% delas estão no Brasil. Foram 2 mil em São Paulo, 2 mil na Bahia e outras 1 mil no Rio de Janeiro. “Com a quantidade de pessoas que estão recebendo a vacina no mundo, é possível que tenhamos resultados promissores no início do ano que vem e o registro em junho [de 2021]”, afirmou Soraia Smaili, reitora da Unifesp, instituição que, por meio do Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), coordena a aplicação da imunização no estado paulista.
O acordo efetuado entre Brasil e Oxford permite que a vacina seja produzida em território nacional e disponibilizada após a terceira etapa dos ensaios clínicos. “O acordo da Fundação Oswaldo Cruz é benéfico para nós. Envolve não apenas os pacientes recrutados para o texto, mas a transferência [de tecnologia]. Há um acordo para reconfigurar a planta da Biomanguinhos para que depois da fase três ela possa ser produzida”, informou Roberto Medronho, infectologista da UFRJ.
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